Yamandu Costa lança CD Continente no CIC
Guto Wirtti, Yamandu e Arthur Bonilla, seis mãos e um continente, foto de Felipe Campal |
Um dos mais respeitados instrumentistas sobe ao palco ao lado de outros dois talentos das cordas: Guto Wirtti e Arthur Bonilla
Para lançar seu álbum Continente, o
violonista e compositor Yamandu Costa faz show no CIC (Centro Integrado
de Cultura), em Florianópolis, no dia 30 de agosto, às 21 horas,
acompanhado de outras duas feras das cordas: Guto Wirtti (baixolão) e
Arthur Bonilla (violão de sete cordas aço). Este é o primeiro show que o
trio faz em Floripa, onde Yamandu possui um público fiel.
Gravado pela Biscoito Fino, o CD mostra a
tradição do trio de violões que existe no Sul do Brasil e em alguns países
latino-americanos, além da atmosfera de fronteira, de um Brasil
pouco conhecido. O repertório é inédito e exclusivo para essa
formação. “Aqui se encontra a linguagem e o sabor musical dos
pampas”, explica Yamandu. Para ele, o músico tem que estar mergulhado naquele
universo para poder interpretá-lo adequadamente, pois o álbum é uma evocação
que começa nos pampas e se estende a todos os rincões musicais das
Américas.
Yamandu conta que o título do álbum é uma
homenagem ao escritor Érico Veríssimo, cujo primeiro volume da trilogia O Tempo e o Vento é justamente O Continente. “Veríssimo conseguiu
ser regional e universal ao narrar a vida e os costumes dos gaúchos ao longo da
história”, diz o instrumentista Yamandu, acrescentando que essa é
também a sua busca na cena musical.
A escolha de Guto foi óbvia, já que os
dois tocam juntos há anos, mas a participação do outro gaúcho, Arthur
Bonilla, foi um resgate. “Bonilla é um prodígio do violão desde os sete anos de
idade. Ele e eu temos em comum o mesmo mestre: o argentino radicado no
Brasil Lucio Yanel, violonista, intérprete, autor, compositor, ator e
folclorista”.
Com realização da Rhythmus Produções, dos
sócios Claudio Gadotti e Crica Gadotti, os parceiros para esse show são o
Hotel Maria do Mar, que irá hospedar Yamandu, Guto e Bonilla, e o Uai de
Minas – Armazém Mineiro, da rua Bocaiúva, que vai produzir os quitutes do
camarim e também será ponto de vendas dos ingressos. O Clube DC também é
parceiro, sendo que assinantes e acompanhantes têm direito a desconto no
ingresso, e a promoção é da rádio Itapema FM.
Composições foram feitas em turnês
Boa parte das composições do show e do
álbum foi feita durante as turnês de Yamandu e Guto pela Europa e Oriente
Médio. “A gente fica nos hotéis muito tempo, e acaba compondo até para
passar o tempo”, conta Yamandu. Outro aspecto desse show é o instrumento
tocado por Guto, um baixolão encontrado em uma loja em Viena, que traz
como característica ser um baixo com cordas de nylon.
“Sarará”, composição de Yamandu, abre o
disco com um tema repleto de lembranças pantaneiras, com influência da
música paraguaia, e Yamandu faz questão de lembrar Almir Sater. Já
“Chamamer” (Yamandu/Guto) que é um nome de um ritmo argentino, foi
composta em uma viagem entre Nice e a Ilha de Córsega, e traz no bojo uma
terna referência a Pixinguinha. “Cabaret”(Yamandu/Guto) investe em um
clima cigano, enquanto “Bounyfie” (Yamandu/Guto), além de ser
inspirada na esposa de Yamandu, tem um tom satírico definido por ele
como “a elegia das pessoas desastradas...”.
“Don Atahualpa”, de Guto Wirtti é mais uma
homenagem, no caso a Atahualpa Yupanqui, cantor, compositor, violinista e
escritor argentino, cuja obra é reverenciada por uma multidão de artistas
latino-americanos. “Fronteiriço” (Yamandu/Bonilla) foi composta especialmente
para este álbum, uma peça para dois violões de sete cordas em alta
transfusão de sons, invocando a tradição musical do “banbuco” peruano e
da música caribenha da Colômbia. “Namoro de guitarras” e “Pelea de
Guitarras”, (ambas de Yamandu e Guto), integram uma suíte de quatro
movimentos, onde os instrumentistas entremeiam os temas incessantemente.
A faixa “Continente” (Guto Wirtti), que dá
título ao álbum, traz uma mistura de ritmos dentro da mesma estrutura
musical. E “Aperto” (Guto), é, certamente, a primeira gravação brasileira
de um solo de baixolão. “Sufoco” (Yamandu/Guto), que fecha o disco, mostra
bem o espírito andarilho do álbum, pois foi composta em um hotel em Abu-Dhabi,
enquanto os dois músicos viam uma corrida de camelos na TV.
“Meu trabalho é eclético e sempre dialoga com gêneros
musicais como o choro, e para este álbum voltamos ao violão dos pampas
para universalizar a beleza do trio de violões, que começa lá no México e
vem até nós”, define Yamandu.
O TRIO
Yamandu Costa é hoje um dos mais importantes
artistas da música brasileira e um dos maiores violonistas do mundo.
Revelando uma profunda intimidade com seu instrumento e com uma linguagem
musical sem fronteiras, percorreu os mais importantes palcos do Brasil e
do exterior, participando de grandes festivais e encontros. Nascido na
cidade de Passo Fundo (RS), ele gravou com grandes nomes da música
brasileira e é vencedor dos mais relevantes prêmios nacionais e
também premiações internacionais. Em 2010, o CD Luz da Aurora, com Hamilton
de Holanda foi indicado para o Grammy Latino e em 2012 ganhou em Cuba o
Prêmio Internacional Cubadisco pelo CD Mafuá e uma Menção do Prêmio ALBA
pelo CD Lida.
Yamandu Costa tem público fiel na Ilha e é o embaixador do Floripa Instrumental, foto Pablo Corti |
Yamandu é, na atualidade, um dos músicos
brasileiros que mais se apresenta no exterior, abrangendo os mais
diversos países, como França, Portugal, Espanha, Bélgica, Alemanha,
Itália, Áustria, Suíça, Holanda, Suécia, Noruega, Finlândia, Estônia, Eslovênia,
Rússia, Lituânia, Sérvia, Grécia, Macedônia, Israel, Chipre, Índia,
China, Japão, Coréia do Sul, Zimbabwe, Cabo Verde, Emirados Árabes,
Austrália, USA, Canadá, Equador, Cuba, Colômbia, Chile, Argentina e
Uruguai.
Entre seus projetos mais relevantes está
"Yamandu, Solista de Orquestras", no qual o violonista compõe e
apresenta-se em concertos com as mais importantes orquestras do globo, como
Orquestra de Paris, Orquestra Nacional da França, Orquestra Nacional da Bélgica
e Orquestra Sinfônica Brasileira, com esta apresentando a inédita suíte
"Concerto Nazareth", de Paulo Aragão, em comemoração aos 150 anos de
nascimento de Ernesto Nazareth (1863-1934).
Quem teve a oportunidade de ver Yamandu no
palco percebe seu incrível e intenso envolvimento com a música e com o
seu instrumento de 7 cordas. Impossível ficar indiferente à performance e
energia interpretativa desse músico singular. Yamandu faz parte da talentosa
família da música instrumental brasileira que simplesmente produz música como respira.
Sua abordagem é absolutamente espontânea e se afirma por uma musicalidade e
técnica arrebatadoras. Sua criatividade musical é livre e a técnica aprimorada,
é um artista completo.
Arthur Bonilla: violão 7 cordas, foto divulgação |
Arthur
Bonilla é um jovem violonista, que desde criança
atravessa o Rio Grande em festivais e apresentações, acompanhando
diversos músicos gaúchos. Foi sua precocidade e suas notas rápidas que
chamaram atenção, sendo hoje considerado um virtuoso do violão
brasileiro.
Bonilla conta que fez seu primeiro acorde
com apenas 3 anos e meio, e de lá pra cá jamais parou de tocar. Sua principal
referência, depois do pai, é o violonista argentino radicado no RS, Lucio
Yanel. Dele herdou o estilo forte e veloz. Outra característica que vem
chamando a atenção dos críticos é a capacidade de desempenhar solos
rápidos e duetados, como se fosse mais de um violão, habilidade que
desenvolveu ainda “guri”. Em seu repertório estão composições próprias,
clássicos da MPB, choro e música gaúcha.
Nos últimos anos tem dividido o palco com
grandes nomes, como Dominguinhos, Hamilton de Holanda, Arismar do Espírito
Santo, Alessandro “Bebê” Kramer, Oswaldinho do Acordeom, Yamandu Costa e Renato
Borghetti. Com Borghetinho desenvolve trabalho de duo, com apresentações por
todo o Brasil e também em países como Alemanha, Bélgica, França, Holanda,
Itália, Portugal e Canadá.
Guto Wirtti nasceu
em berço de músicos e aos 13 anos já se apresentava em concertos e
festivais no Rio Grande do Sul. Aos 16 anos mudou-se para Salvador e, em
2003, a convite de Yamandu Costa, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a
trabalhar em duo com o violonista. Com Yamandu se apresentou em vários
festivais, como o Melbourne Jazz Festival, na Austrália.
Em 2007, ao lado de Nicolas Krassik,
participou do disco independente Lida, de Yamandu, gravado pelo trio
violão, contrabaixo acústico e violino, álbum que foi relançado em 2011,
pela Biscoito Fino. Como baixista e arranjador trabalhou em shows e gravações
com Celso Fonseca, Ed Motta, Luiz Melodia, Wilson das Neves, Milton
Nascimento, Gabriel Grossi, entre outros.
Clique aqui para ouvir O Continente -
Serviço:
Show de Yamandu Costa trio - lançamento do CD Continente
Dia e hora: 30 de agosto de 2013 - sexta-feira, às 21h
Local: Teatro Ademir Rosa – CIC (Centro Integrado de Cultura)
Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica.
Florianópolis/SC
Telefone: (48) 3953-2334 (Teatro)
Ingressos:
Postos de Vendas:
- Uai di Minas – o Armazém Mineiro - Rua Bocaiúva, 1959 – Centro.
- Quiosque Blueticket do Beiramar Shopping
- Bilheteria do CIC: de segunda a sexta, das 13h às 19h
- Bilheteria do TAC: de segunda a sexta, das 13h às 19h
- Bilheteria do Teatro Pedro Ivo: de segunda a sexta, das 13h às 19h
Venda na Bilheteria dos Teatros: (somente a dinheiro)
Cartões de crédito: Mastercard e Visa
Informações: Rhythmus Produções (Claudio e Crica Gadotti)
Telefones produção: (48) 9626-7782 e (48) 9962-2160
PARA OUVIR
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