Hamilton de Holanda na segunda noite do Floripa Instrumental 2013 no Ribeirão da Ilha, fotos Pablo Corti |
As sonoridades de Hamilton de Holanda
O vento Sul soprou o show de
Hamilton de Holanda para dentro do Salão Paroquial do RIbeirão da Ilha. Ali se
ouviu as criações desse virtuoso instrumentista, os inusitados arranjos e as surpreendentes
releituras da MPB, como Carinhoso (Pixinguinha) e Disparada (Geraldo
Vandré/Théo de Barros).
Das 10 cordas de seu bandolim brotaram
várias sonoridades. Mais da metade do show o que se testemunhou foi a
intimidade do músico com o seu bandolim. Frente a uma plateia atenta, Hamilton
de Holanda chamou ao palco seu parceiro no quinteto, Gabriel Grossi, e informou
que Toots Thielman o considera a melhor gaita harmônica do planeta. Dali pra
frente, uma comunhão de sons.
Os jovens músicos arrancaram
aplausos várias vezes, como em Adios Nonino (Piazzola). Participando pela
segunda vez do Floripa Instrumental, Gabriel Grossi já tem seu público por
aqui, onde também mantém um trabalho com músicos e compositores da Ilha.
Participando pela segunda vez do Floripa Instrumental, Gabriel Grossi sobe ao palco com Hamilton de Holanda |
Se lá dentro o clima era quente e
silencioso, lá fora muitas pessoas lastimavam do show não ter sido feito na
rua. Passado das 23horas, a segunda atração: os jovens e arrojados Skrotes
- três músicos, três instrumentos
– bateria, baixo e teclado. O trio interpretou músicas próprias, apresentou músicas do álbum que será lançado em novembro, e mostrou sofisticados arranjos,
como no clássico Tropicália, de Caetano Veloso.
No final da noite o palco foi aberto
para as Jam Sessions. No sobe e desce, Cassio Moura, Arnou de Melo, Mauro
Borghezan, Jana Goulart, Tatu entre muitos outros músicos que estavam na
plateia. Se o vento atrapalhou, a música ficou no ar por muito tempo.
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