Fotos Guilherme Zanini |
Chorinho
dá o tom e promove a integração
no encerramento do Floripa Instrumental
texto Guilherme Zanini e Duda Hamilton
Com temperatura agradável, brilho do sol, um
bom público e muito chorinho encerrou, no domingo, o Floripa
Instrumental na Freguesia do Ribeirão da Ilha. O visual encantador, a
gastronomia típica e os excelentes músicos foram as honras da casa para quem
prestigiou o evento.
O primeiro show foi com o Grupo de Choro
Campeche, composto por alunos da Escola Livre de Música de Florianópolis, sob
regência do professor e bandolinista Geraldo Vargas. Com um repertório calcado
basicamente em ícones do estilo, os 14 músicos que subiram no palco tocaram
temas de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazaré. A
recepção da plateia com os talentos locais não poderia ser melhor. Cada canção
executada, uma salva calorosa de aplausos.
Na sequência, veio a atração principal do
dia, o show ‘Velha Amizade’ com o duo formado por Nailor Proveta (clarinete e
saxofone) e Alessandro Penezzi (violão).
O que o público pôde ver e ouvir foi um concerto de alto gabarito, promovido
por dois dos mais respeitados instrumentistas brasileiros da atualidade. Em
meio ao choro, a apresentação transitou por outras vertentes da música
brasileira, em ritmos regionais, como o frevo e o maxixe.
Os olhos e ouvidos de quem estava
prestigiando a tarde de choro foram capturados pela beleza dos arranjos em uma
performance especial. Para a médica Estelita Schames, é sempre importante poder
prestigiar eventos como o Floripa Instrumental em espaços públicos: “Na Ilha,
muitas coisas são sazonais, mas o festival permanece, e isso é muito bom”.
Amante dos bons sons, ela resume: “Música é a linguagem materna”.
Ao cair da tarde, mais um momento marcante:
os alunos da Escola Livre de Música de Florianópolis foram convidados a
participarem do show de Proveta e Penezzi. O resultado foi a troca entre os
aprendizes e os mestres. Para o acordeonista Humberto Filpi, foi a oportunidade
de aprimorar seu conhecimento, aprender e sentir o que a música tem a dizer.
Opinião parecida tem Márcio Montenegro, estudante de cavaquinho, que ressalta o
aprendizado com nomes consagrados.
Ao som do hino de Florianópolis, ‘Rancho
de Amor à Ilha’, do poeta
Zininho, tocado pelos músicos e cantada pela plateia, o Floripa Instrumental
2015 se despediu na certeza de que está no caminho certo. Onde há música, há
celebração do bem. Em tempos difíceis como os atuais, isso é um alento.
Até 2016!
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