Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

domingo, 15 de novembro de 2015

Floripa Instrumental: último dia

                                                                                                            Fotos Guilherme Zanini

            Chorinho dá o tom e promove a integração

             no encerramento do Floripa Instrumental




                                                              texto Guilherme Zanini e Duda Hamilton

 Com temperatura agradável, brilho do sol, um bom público e muito chorinho encerrou, no domingo, o Floripa Instrumental na Freguesia do Ribeirão da Ilha. O visual encantador, a gastronomia típica e os excelentes músicos foram as honras da casa para quem prestigiou o evento.

O primeiro show foi com o Grupo de Choro Campeche, composto por alunos da Escola Livre de Música de Florianópolis, sob regência do professor e bandolinista Geraldo Vargas. Com um repertório calcado basicamente em ícones do estilo, os 14 músicos que subiram no palco tocaram temas de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazaré. A recepção da plateia com os talentos locais não poderia ser melhor. Cada canção executada, uma salva calorosa de aplausos.

Na sequência, veio a atração principal do dia, o show ‘Velha Amizade’ com o duo formado por Nailor Proveta (clarinete e saxofone) e Alessandro Penezzi (violão). O que o público pôde ver e ouvir foi um concerto de alto gabarito, promovido por dois dos mais respeitados instrumentistas brasileiros da atualidade. Em meio ao choro, a apresentação transitou por outras vertentes da música brasileira, em ritmos regionais, como o frevo e o maxixe.


Os olhos e ouvidos de quem estava prestigiando a tarde de choro foram capturados pela beleza dos arranjos em uma performance especial. Para a médica Estelita Schames, é sempre importante poder prestigiar eventos como o Floripa Instrumental em espaços públicos: “Na Ilha, muitas coisas são sazonais, mas o festival permanece, e isso é muito bom”. Amante dos bons sons, ela resume: “Música é a linguagem materna”.



Ao cair da tarde, mais um momento marcante: os alunos da Escola Livre de Música de Florianópolis foram convidados a participarem do show de Proveta e Penezzi. O resultado foi a troca entre os aprendizes e os mestres. Para o acordeonista Humberto Filpi, foi a oportunidade de aprimorar seu conhecimento, aprender e sentir o que a música tem a dizer. Opinião parecida tem Márcio Montenegro, estudante de cavaquinho, que ressalta o aprendizado com nomes consagrados.





Ao som do hino de Florianópolis, ‘Rancho de Amor à Ilha’, do poeta Zininho, tocado pelos músicos e cantada pela plateia, o Floripa Instrumental 2015 se despediu na certeza de que está no caminho certo. Onde há música, há celebração do bem. Em tempos difíceis como os atuais, isso é um alento.

Até 2016!

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