Mais um capítulo na novela “Pescadores Artesanais X Atuneiros”, na costa Sul da Ilha de Santa Catarina. No domingo, 11 de abril, por volta das 16h30 quatro grandes atuneiros estavam ancorados no Pântano do Sul. Deles saíram pequenas embarcações de cor laranja, em busca de isca para o atum, chegando a menos de 50 metros da areia do Pântano do Sul. Ali, soltaram uma rede de quase 100 metros, com a malha bem fina, onde só passa a água. Turistas que ocupavam os restaurantes e bares da orla, junto com os moradores assistiram tudo e comentavam no melhor estilo de boca-em-boca. “Ninguém faz nada”, disparou um velho pescador.De uma hora pra outra, um grupo de quase 10 jovens, a maioria filhos e netos de pescadores do local, entrou na água, enquanto outros, da areia, atiravam foguetes para dissipar os peixes que estavam na rede. Atônitos, o outro grupo que estava dentro da água tentava salvar o prejuízo da rede, avaliada, segundo pescadores do local, entre R$ 8 e R$ 10 mil.Indignado, entre uma tragada e outra no cigarro, seo Arante falava em “pouca vergonha, tudo na nossa cara”. Ele se referia a proximidade dos barcos na costa e a quebra da ordem pública, com o desrespeito do limite de 200 metros para área de banho. A legislação sobre a atuação dos atuneiros se restringe ao período do ano - é proibida em junho e julho - e às áreas regulamentadas, entre elas as baías Norte e Sul de Florianópolis, a Ilha do Arvoredo e as desembocaduras de rios.
Quem fiscaliza?
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