Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Thiago Espírito Santo abre o Floripa Instrumental 2015


No dia 13 de novembro, às 21horas o baixista se apresenta
com Fábio Peron e Silvia Goes no Ribeirão da Ilha


     
          Thiago Espírito Santo:
  DNA musical que vem de gerações
foto Paulo Popó


                                      por  Guilherme Zanini

Reconhecido como um dos maiores baixistas do mundo na atualidade, Thiago Espírito Santo é daqueles que trazem a música de berço, literalmente. Nascido em uma família de instrumentistas, desde a infância transita entre guitarra, bateria, piano e baixo, onde melhor encontrou sua maneira de se expressar musicalmente. Ele  vai abrir o Floripa Instrumental, na sexta-feira, dia 13 de novembro, juntamente com a mãe, a pianista Silvia Goes, e com o bandolinista Fábio Peron, no show Alma de Músico. Thiago conversou com o jornalista Guilherme Zanini e demonstrou, além de carisma, uma paixão pelo instrumento e admiração por músicos que vivem em Florianópolis.


foto Mariana Chiarella
Você é filho de dois grandes instrumentistas (Arismar do Espírito Santo e Silvia Goes). Isso deve ter sido uma grande fonte de inspiração para estudar música, não?
Thiago Espírito Santo - Meu contato com música iniciou na barriga da minha mãe. Sou da terceira geração de músicos na família. Sempre foi algo muito natural e presente para mim. Desde que me conheço por gente, eu gostava de ter contato com músicos. Então começar a tocar foi algo muito natural, pois era o ambiente em que eu vivia. Sempre fui interessado, ficava mexendo nos instrumentos, mas comecei a levar a sério a partir dos 12 anos de idade, por aí.

Como foi seu início de carreira?
T.E.S. - Eu sou mais conhecido como baixista, mas eu comecei tocando guitarra e bateria. Hoje estudo piano. Então, por isso, eu me considero mais um músico do que instrumentista.

foto Paulo Popó

Por que o baixo como instrumento principal?
T.E.S. - Foi o primeiro instrumento que eu queria tocar, pois meu pai já era baixista. O som me encanta muito há anos, tenho afinidade com esse instrumento. Quando comecei a tocar, percebi que era nele que eu conseguiria me expressar melhor, criar uma voz própria na música. Por isso que escolho o baixo. Foi uma questão de sensação mesmo.


Como você desenvolveu um vocabulário próprio no instrumento?
foto Mariana Chiarella
T.E.S. - Isso foi um trabalho que levou bastante tempo. É uma questão de muita dedicação e continuidade.  O trabalho de ter uma identidade, ter uma voz própria é como aprender um idioma. Você precisa se alfabetizar, criar um vocabulário, mas para você ter uma opinião, a sua impressão digital, isso leva tempo. A gente acha que é na adolescência, mas isso vem na fase adulta. É quando temos mais convicções e menos incertezas na vida. Na música é a mesma coisa. A gente toca, toca, toca, mas saber que aquilo que se está tocando ser a sua própria voz, leva tempo. É uma construção de anos, e, a cada dia que passa, eu consigo ser mais o Thiago e feliz com isso. Hoje eu me identifico com as ideias musicais que tenho e passo isso para o instrumento com emoção e meu DNA na música. Isso atinge as pessoas, tanto que elas falam: “parece que o instrumento é uma extensão do seu corpo”. A intenção é exatamente essa.

  
O que o público do Floripa Instrumental pode esperar do show Alma de Músico?
T.E.S. - É um show muito intimista. São três pessoas com afinidades na vida e na música. Vamos tocar bonito e com coração aberto. A função da música é emocionar, não impressionar. Nós queremos transmitir sensações boas. Tocamos músicas populares, de Pixinguinha a Dominguinhos, além de composições próprias. A ideia é enaltecer a arte e passar isso para as pessoas.

foto Stela Handa
  
A música instrumental é um território fértil para as Jam Sessions. Como você se sente quando participa de uma?
T.E.S. -É um diálogo. São músicos que, quando se encontram, cada um dá a sua contribuição para a música. É uma troca.


Quais músicos daqui de Florianópolis com que você já tocou ou tem vontade de tocar nessas jam?
T.E.S. - Florianópolis é uma cidade com muitos músicos. Tive o prazer de tocar com o baterista Toicinho. O Alegre Corrêa, que mora aí e é um cara fantástico. Posso citar também o Nando Fortes, um guitarrista jovem, que é um grande músico. É um lugar que tem muita cultura. Fico feliz sempre que vou tocar aí e ter contato com essas pessoas, além de tocar com elas.


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