No dia 13 de novembro, às 21horas o baixista se apresenta
com Fábio Peron e Silvia Goes no Ribeirão da Ilha
Thiago
Espírito Santo:
DNA musical que vem de gerações
foto Paulo Popó |
por Guilherme Zanini
Reconhecido
como um dos maiores baixistas do mundo na atualidade, Thiago Espírito Santo é
daqueles que trazem a música de berço, literalmente. Nascido em uma família de
instrumentistas, desde a infância transita entre guitarra, bateria, piano e
baixo, onde melhor encontrou sua maneira de se expressar musicalmente. Ele vai abrir o Floripa Instrumental, na
sexta-feira, dia 13 de novembro, juntamente com a mãe, a pianista Silvia Goes,
e com o bandolinista Fábio Peron, no show Alma
de Músico.
Thiago conversou com o jornalista Guilherme Zanini e demonstrou, além de
carisma, uma paixão pelo instrumento e admiração por músicos que vivem em
Florianópolis.
foto Mariana Chiarella |
Você é filho de dois grandes instrumentistas
(Arismar do Espírito Santo e Silvia Goes). Isso deve ter sido uma grande fonte
de inspiração para estudar música, não?
Thiago Espírito Santo - Meu contato com música
iniciou na barriga da minha mãe. Sou da terceira geração de músicos na família.
Sempre foi algo muito natural e presente para mim. Desde que me conheço por
gente, eu gostava de ter contato com músicos. Então começar a tocar foi algo
muito natural, pois era o ambiente em que eu vivia. Sempre fui interessado,
ficava mexendo nos instrumentos, mas comecei a levar a sério a partir dos 12
anos de idade, por aí.
Como foi seu início de carreira?
T.E.S. - Eu sou mais
conhecido como baixista, mas eu comecei tocando guitarra e bateria. Hoje estudo
piano. Então, por isso, eu me considero mais um músico do que instrumentista.
foto Paulo Popó |
Por que o baixo como instrumento principal?
T.E.S. - Foi o primeiro
instrumento que eu queria tocar, pois meu pai já era baixista. O som me encanta
muito há anos, tenho afinidade com esse instrumento. Quando comecei a tocar,
percebi que era nele que eu conseguiria me expressar melhor, criar uma voz
própria na música. Por isso que escolho o baixo. Foi uma questão de sensação
mesmo.
Como você desenvolveu um vocabulário próprio no
instrumento?
foto Mariana Chiarella |
T.E.S. - Isso foi um
trabalho que levou bastante tempo. É uma questão de muita dedicação e
continuidade. O trabalho de ter uma
identidade, ter uma voz própria é como aprender um idioma. Você precisa se
alfabetizar, criar um vocabulário, mas para você ter uma opinião, a sua
impressão digital, isso leva tempo. A gente acha que é na adolescência, mas
isso vem na fase adulta. É quando temos mais convicções e menos incertezas na
vida. Na música é a mesma coisa. A gente toca, toca, toca, mas saber que aquilo
que se está tocando ser a sua própria voz, leva tempo. É uma construção de
anos, e, a cada dia que passa, eu consigo ser mais o Thiago e feliz com isso.
Hoje eu me identifico com as ideias musicais que tenho e passo isso para o
instrumento com emoção e meu DNA na música. Isso atinge as pessoas, tanto que
elas falam: “parece que o instrumento é uma extensão do seu corpo”. A intenção
é exatamente essa.
O que o público do
Floripa Instrumental pode esperar do show Alma de Músico?
T.E.S. - É um show muito
intimista. São três pessoas com afinidades na vida e na música. Vamos tocar
bonito e com coração aberto. A função da música é emocionar, não impressionar.
Nós queremos transmitir sensações boas. Tocamos músicas populares, de
Pixinguinha a Dominguinhos, além de composições próprias. A ideia é enaltecer a
arte e passar isso para as pessoas.
foto Stela Handa |
A música
instrumental é um território fértil para as Jam Sessions. Como você se sente
quando participa de uma?
T.E.S. -É um diálogo. São
músicos que, quando se encontram, cada um dá a sua contribuição para a música.
É uma troca.
Quais músicos daqui
de Florianópolis com que você já tocou ou tem vontade de tocar nessas jam?
T.E.S. - Florianópolis é uma
cidade com muitos músicos. Tive o prazer de tocar com o baterista Toicinho. O
Alegre Corrêa, que mora aí e é um cara fantástico. Posso citar também o Nando
Fortes, um guitarrista jovem, que é um grande músico. É um lugar que tem muita
cultura. Fico feliz sempre que vou tocar aí e ter contato com essas pessoas,
além de tocar com elas.
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