Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Na sombra da frondosa árvore genealógica

Festa da família Vasquez Cruxên

Por volta de 1918, a família reunida na casa que é hoje da minha mãe. 
Integrantes das famílias Vasquez e Cruxên, no encontro de 2014, em Sant'Ana do Livramento
Participar durante três dias de encontros e reencontros familiares Vasquez/Cruxên foi olhar pra dentro de mim e pra fotos amareladas, reconhecer o sorriso, o olho brilhante, descobrir o talento dos artistas, o dom de dançar e de produzir. Todos reunidos, às vezes em Rivera, no Uruguai, outras em Sant’Ana do Livramento, no Brasil. Bem ali, onde tudo começou com a chegada, nos primeiros anos do Século 20, da Eneréia e Santiago Vasquez, que vieram da Espanha, fazendo um pit stop em Corrientes, na Argentina, para o nascimento da minha avó Julia.
Duda, Davi, Isa e Lucianne, na confecção da árvore
Alguns primos e tios eu não via desde os 16, 17 anos, outros a última lembrança é de quando tinha uns 8 ou 9, mas muitos eu nem conhecia, só de ouvir falar dos pais e avós. Saber que aquelas loiras de olhos claros (Eliane, Bebeti e Mirian) eram as mesmas gurias adolescentes da AvenidaGetúlio Vargas, em Porto Alegre, que a minha avó me levava de mãos dadas nas férias, foi uma ótima surpresa. Estar novamente com o Arielzinho, com a Hesilda e com  a tia Cresomilda,uma carioca desbocada de quem era fã, hoje com 93 anos, foi gratificante e me levou a uma viagem à infância. Voltei aos papos com o tio Helio sobre a Segunda Guerra Mundial, na sombra da parreira.



Bayard, Gelso, Tito, Renan, Tia Creso, Bartira e Simone
Ver e conversar com todos os filhos da Olga foi pra lá de gratificante. Muitas lembranças, como a casa de esquina onde moravam em Porto Alegre, os animados finais de semana no Guaíba Country Club, sempre com casa cheia de gente de todas as idades. Na minha lembrança, um Tito franzino, de cabelo claro e longo, mas com o mesmo olhar; o Gelso, já mais velho, o estudante de Medicina exemplar; o Renan, a Bartira, a Simone e o Bayard, o mais velho, sempre com cara de sério. Foi tão bom encontrá-los e saber de suas vidas e planos.
Prazer também foi conhecer, bater um bom papo e tomar umas e outras com o primo Alex e sua simpática mulher, Glória, que vivem em Brasília. Outra brasiliense que conheci nesta festa, que reuniu mais de 60 pessoas vindas de vários lugares, foi a Cris e sua filha Luz Maria, uma luz familiar, que não se desgrudou um só segundo de outro primo lindo e loiro, como ela. As primas Daniela e Juliana, com seus simpáticos e mágicos maridos, também foi uma bela descoberta.
Outros primos, como Wanislau, Lucila, Carla, Jojô, com quem tenho mais proximidade, também estavam lá, se divertindo, relembrando os melhores anos da nossa infância e querendo descobrir todos os parentescos. Minha irmã Lucianne, dedicada, ajudou na produção da festa e, junto com a Lucila e a Isa (minha mãe) tiveram ótimas idéias, como a lembrança do Marco de Fronteira, da foto familiar, e dos músicos da nossa terra.
Claudio Hamilton, neto da Julia Vasquez, interpretando Baile do Sapucay.
Palmas e gritos para o meu irmão/artista, Claudio Amaral Hamilton, que cantou e encantou como um bom taura, soltando a voz na música de Cenair Maicá, Baile Do Sapucay. Mais palmas também para o Wanislau, um homem e vários instrumentos – violão, teclado e harmônica; e também para o jovem Rodrigo (filho da Lucila), estudante de violão clássico. E como não podia faltar na fronteira, uns estavam de lenço branco (chimangos) e outros de lenço colocorado (maragatos). 
Eliane, Bebeti e Mirian, as primas da Getulio

Rodrigo e Wanislau, o clássico com o rock.

         Agradeço aqui à prima Bebeti, que me presenteou com uma foto do meu avô Telmo Saraiva do Amaral (marido da vó Julia), o homem que se escondia das máquinas fotográficas e não gostava de muita gente por perto.
Lourenço e Gabriela, a nova geração Vasquez/Cruxên
Mas a ala jovem – de 8 a 18 anos - foi o máximo: eles correram, jogaram, dançaram, brincaram, desenharam e beijaram. Se a família Vasquez (Flora, a irmã da minha avó) casada com um Cruxên (Loli) originou o Duba e seus irmãos e irmãs, esse encontro pode ter aproximado dois primos: Lorenço  Vasquez (filho da Lucila, neto do Carlinhos e bisneto do Nicolau, também irmão da Flora) e Gabriela Cruxên (filha da Daniela, neta do Duba e bisneta da Flora), invertendo os Vasquez Cruxên, para Cruxên Vasquez.

Os mais antigos: Clair, filha do Nicolau; Duba, filho da Flora; e Isa, filha da Julia.
Vida longa à família e aos exemplos, como o do Duba, que teve a genial ideia de reunir todo esse povo que saiu da fronteira para ganhar o Brasil e o mundo, e que nesses três dias nos abrigou embaixo da frondosa sombra da árvore genealógica. Salvas também aos agregados, sem eles nada disso seria possível, não é Laurinha Baiana, João, Pablo, Issac, Caia, Rosane, Marcos, Ana e tantos outros. E que venha o terceiro encontro, em Porto Alegre, em 2016. Inté, primos!!!!

       

 MELHORES MOMENTOS
Nosso médico/acrobata Gelso. "Esses filhos da Olga", já dizia a véia Julia.
As tias agregadas (Ruth e Naura) e a tia Clair
Ala jovem: Maria Alice e Luz Maria rodeadas pelos guris
Nicolas e Luz, o futuro já é 
Dança pra todas as idades
Juliana e Cris, as primas de Brasília
No Casino: Duda, Tito, Laurinha Baiana e Claudio
Na sombra da árvore a troca de fotos e informações
Isa e Davi no baile gaudério
Pablito conhecendo os primos e primas

Arielzinho
Issac, Luiz Eduardo e Marcos, ajudando a estourar a banca e o bar

Prima Germana foi um prazer te conhecer. Prima Lucila e a mana Lu da LUS Produções

Lu, Ricardo, Laurinha, Isa, Germana, Eliane, Duda, Gloria, Sergio - sentadas - Ceres, Clair e Lucila


As mulheres do Duba: Ju, Laurinha e Daniela