Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O sertanejo fez pós –graduação

                                                                                                                                        foto divulgação


Show de Chitãozinho & Xororó com Orquestra  Filarmônica Bachiana SESI SP sob a regência do maestro João Carlos Martins mostrou que o sertanejo não é só esse universitário, que anda por aí encantando multidões. Nesse caso, a música ganhou uma riqueza com o erudito e com a força fora do comum do maestro João Carlos. Foi como se o estilo sertanejo tivesse feito pós-graduação e ainda ganho uma nota alta – sertanejo + erudito = boa música.
Presente da Tractebel Energia para seus mais de mil convidados, entre clientes, acionistas e parceiros,  o espetáculo reuniu a voz sem igual de Xororó, a base de Chitãozinho, a diversidade da orquestra e a dedicação do maestro pela música. O resultado? Um Grammy Latino para o Brasil, um público em êxtase e muitas mudanças de opinião, inclusive a minha, que saí do show menos preconceituosa com o sertanejo.
No início, duas músicas regidas pelo maestro deram o tom de como seria emocionante o espetáculo. Logo em seguida, os dois pequenos homens entraram no palco para soltar a grande voz em Rancho Fundo, composta por Ary Barroso.
                                                                           foto divulgação

Mesclando canções brasileiras com sucessos da dupla sertaneja e com um forte tempero clássico, como Franz Schubert, Johann Sebastian Bach e Villa Lobos, o show fez o público levantar várias vezes para aplaudir. Emocionante a execução de Smile, de Charles Chaplin; a participação via telão de Jair Rodrigues com A Majestade, o Sabiá; e Cinema Paradiso. O público, concentrado, cantou e pediu bis com Evidência e Fio de Cabelo, esta última um dos maiores sucessos da dupla sertaneja, que conheci no show: Quando a gente ama qualquer coisa serve para relembrar....um fio de cabelo no meu paletó. 
Uma noite onde a música e a energia geraram grandes emoções!!!


domingo, 18 de novembro de 2012

Santa Música Instrumental


Palco para o show de encerramento do Floripa Instrumental, depois de dois dias de chuva. foto by Duda Hamilton


Em clima de Festival Europeu, foto Duda Hamilton
Com a benção da Nossa Senhora da Lapa e a permissão de São Pedro, depois de dois dias de chuva, o encerramento do Floripa Instrumental foi ao ar livre, como formatado desde sua primeira edição. No último dia, sábado, 17, teve chorinho na praia, com o grupo Ginga do Mané e convidados, depois uma apresentação da Banda da Lapa no salão paroquial, o fechamento com Luiz Meira e banda, e ainda com folego e ouvidos afinados, o público curtiu a última jam sessiom que foi até as 3horas. 
Tudo isso mostra a diversidade oferecida, com shows, oficinas, jam e uma comunhão entre público e músicos, sem estrelismos e listas vips.

Apresentação da Banda da Lapa, a comunidade sempre presente no Floripa Instrumental, foto Pablo Corti

Desenhado para ser um evento ao ar livre, gratuito e direcionado para quem gosta de música instrumental, o Floripa colocou os bancos da Igreja na rua, a música no ar do Ribeirão e contou com a participação de boa parte da comunidade, talvez uma das grandes aliadas, como a patrocinadora Tractebel, maior geradora privada de energia do país.
Jorginho do Trompete, foto Pablo Corti
No palco, na praça ou com a comunidade,
a simpatia de Jorginho, por Pablo Corti
Neste ano, a energia, a simpatia e o virtuosismo de Jorge Alberto de Paula, mais conhecido como Jorginho do Trompete, foi o destaque do encontro. Seja nas jams, nas oficinas, nas participações especiais, solando clássicos de MPB, jazz e improvisos, Jorginho é um músico criativo e completo, mostrando isso na participação especial com Luiz Meira, com quem nunca tinha dividido o palco, e no relacionamento com a comunidade, oferecendo sempre seu sorriso e talento.

Público em harmonia com a música instrumental,
foto Pablo Corti




                             Manezinho da Ilha, com a vó materna nativa do Ribeirão, Meirinha voltou ao início de sua carreira como músico instrumental de ótima pegada na guitarra e repertório diversificado. 


Desta vez Meira não colocou as pessoas para dançar, como está acostumado nos bares e shows feitos na Ilha, mas fez o público olhar para a Igreja e agradecer por momentos tão emocionantes, simples e de total comunhão.

Luiz Meira e banda e as bençãos de Nossa Senhora da Lapa, foto Pablo Corti











A Ilha, que nos últimos dias deixou de ser da magia pela violência, por alguns dias foi mágica no Ribeirão da Ilha, num cenário perfeito e em clima de festival de música europeu, como bem definiu uma portuguesa que lá estava com a família. Que assim seja!!!