Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

sábado, 22 de novembro de 2014

Trio Curupira sobe ao palco do Floripa Instrumental neste sábado



Grupo paulistano faz show gratuito na praça do Ribeirão da Ilha, com início às 21 horas

Quem sobe ao palco na segunda noite do Floripa Instrumental, no Ribeirão da Ilha, é o grupo paulistano Trio Curupira, que traz na bagagem uma sonoridade permeada de miscigenações culturais existentes no Brasil. Composto pelos músicos paulistanos André Marques (piano, escaleta, flautas, rabeca, percussão), Fábio Gouvêa (baixo, guitarra, violão, flautas, percussão) e Cleber Almeida (bateria, percussão, gaita, escaleta, cavaquinho, viola caipira), o show vai apresentar o repertório do CD Janela, com composições próprias e gravado no ano passado no Auditório do Ibirapuera.

Esse trabalho, segundo o produtor Capucho, já foi apresentado em festivais pelo Brasil, como o Choro Jazz, com ótima aceitação. Entre as musicas do repertório estão Conversa de Matuto, Quase Nada, Albertinho de Fole Novo. No palco três homens e diversos instrumentos – piano, bateria, baixo, flautas, cavaquinho, guitarra, percussão, escaleta.


Depois do show do Trio Curupira é a vez de Arnou de Mello Trio e depois muita Jam Sessions, com sobe e desce de músicos do palco e, muitas vezes, formações nunca imagináveis. Evento tem o patrocínio, via Lei de Incentivo à Cultura, da Tractebel Energia, e apoio da Eletrosul e Fundação Franklin Cascaes.

DOMINGO - No dia do encerramento do Floripa Instrumental a música inicia mais cedo, a partir das 17 horas, com a centenária e nativa Banda da Lapa. Depois tem a Roda do Som, encontro inédito entre os músicos Rogério Caetano (violão 7 cordas), Arthur Bonilla (violão 7 cordas), Nailor Proveta (sax e clarinete), Arismar do Espírito Santo (baixo, guitarra, bateria e o que mais vier), e o bandolim da Ilha, Geraldo Vargas com os chorões  Marcos Portella, Fabrício, Rafael Gaucer, Bernardo Sens.




 
Rogério Caetano que participa do Floripa Instrumental pela primeira vez está desde sexta no Ribeirão. "Vou fazer algumas músicas próprias, como Rosa e Cora, Bate Bola, Valsa D'Yamandu e Xote das Sete, e também algo do Baden Powel, talvez Samba em Prelúdio", confessa. Depois entram na roda musical Arthur Bonilla, Arismar do Espírito Santo, Nailor Proveta e Bebe Kramer para alguns clássicos do choro. Vem pro Ribeirão!






quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A volta do Dr. Cipó


Gaiteiro de Vacaria (RS), Bebe Kramer ganhou o mundo com sua sonoridade original, foto de Pablo Corti
BEBE KRAMER
“Isso vai ser um reencontro com a originalidade"

Entre uma apresentação e outra de Norte a Sul do Brasil,  Bebe Kramer achou um lugarzinho na sua agenda para bater um papo, via e-mail, com a jornalista Duda Hamilton. Ele não vê a hora de estar reunido com os amigos o Dr. Cipó, já que não se encontram há mais de seis anos.  Guinha Ramires, Bebe, Mario Conde, Gringo Saggiorato e Endrigo Betega, abrem o Floripa Instrumental, dia 21 de novembro, às 21 horas. Acompanhe abaixo os principais momentos da entrevista.

Bebe Kramer o acordeon, gaita, sanfona do Dr. Cipó,
 foto Pablo Cort
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Como você chegou ao Dr. Cipó?
Bebe Kramer – Cheguei em Floripa, com meus 19 pra 20 anos, e comecei a freqüentar a cena instrumental da cidade. Conheci o Gringo e o Guinha, no Café dos Araçás, na Lagoa da Conceição. Foi lá que também conheci o Endrigo e o Mario, toquei com eles ali. Fomos convidados para uma apresentação no Original Café, Curitiba. Assim nascia o Dr. Cipó. Logo depois, o Guinha foi para Viena, e quando retornou, pois não aguentou ficar longe da Lagoa, o chamamos pra integrar o grupo que já estava mais ou menos afiado. Guinha topou e imediatamente arrumamos o nome do grupo: Dr. Cipó.


O que vocês tocavam?
Bebe Kramer –  Nosso repertório era de compositores brasileiros, como Edu Lobo, Chico Buarque, Tom Jobim, Gilberto Gil, Dominguinhos, mas também gostávamos de “gauchar” interpretando Mercedita, músicas de Piazzola e, claro, Beatles. Nosso grupo sempre recebeu influências da música do mundo.
Bebe, Mário Conde, Endrigo Betega, Guinha Ramires e Ronaldo "Gringo"Saggiorato, no último encontro em 2008, no Teatro do Sesc de São Paulo, produzidos por Roberto Bruzadin, foto de Silvio Auricchio 
O que esperar desse reencontro no Floripa Instrumental, dia 21 de novembro?

Bebe Kramer – Esse reencontro vai reacender a chama desse grupo, que sem falsa modéstia, considero um dos grupos mais importantes que apareceram no Brasil nos últimos anos, pela energia, pela originalidade, tendo influenciado muitos músicos da nova geração. Somos uma espécie de representantes da música feita no Sul do país e que pode tranquilamente  transitar em qualquer festival de música do mundo. Já andei postando alguma coisa aí pelas redes sociais e recebi muito carinho de gente que está com saudade e, inclusive, virão de outras cidades e estados pra nos ver. Isso nos dá muita energia e vontade de reativar esse grupo de amigos que tanto se quer bem e se respeita.

domingo, 16 de novembro de 2014

Se a música é um santo remédio recomendamos doses de Dr. Cipó


Quinteto Dr. Cipó - Ronaldo "Gringo"Saggiorato (baixo), Mario Conde (guitarra),
Guinha Ramires (violão),  Bebe Kramer (acordeon) e Endrigo Betega (bateria)
Foto Divulgação


Na abertura do Floripa Instrumental, dia 21, às 21 horas, na Freguesia do Ribeirão da Ilha, os cinco integrantes do Dr. Cipó – Mario Conde, Endrigo Betega, Bebe Kramer, Ronaldo “Gringo“ Saggiorato e Guinha Ramires - voltam a se encontrar depois de quase seis anos. Para relembrar como tudo começou, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, “Gringo” bate um papo com a jornalista Duda Hamilton e confessa que a música é um santo remédio, como as ervas do Dr. Cipó. Quer saber o motivo do nome? Leia abaixo.

 
Gringo Saggiorato morou na Lagoa da Conceição e tinha
um duo com Guinha Ramires, foto Pablo Corti
Papo com Gringo
Como foi o início do quinteto?
Gringo - Tudo começou na Lagoa da Conceição, Guinha (violão) e eu no baixo, um duo instrumental na Florianópolis dos anos 1996/1997. Nos encontramos, não lembro onde, com o Mário e o Endrigo, que já faziam música instrumental em Curitiba, e eles nos convidaram para tocar lá. Entre idas e vindas, surgiu o Bebe Kramer, com seu talento inestimável e perseverança. Assim surgiu o Dr. Cipó.

Por que Dr. Cipó?
Gringo - Vou tentar resumir. Eu sou de Passo Fundo, o Guinha Ramires de Carazinho. E lá em Passo Fundo, quando éramos jovens, existia um curandeiro, o Dr. Cipó, que vendia ervas medicinais e expunha as ervas na calçada, numa das principais ruas da cidade. Era muito conhecido e respeitado. Um compositor nosso amigo, o Raul Boeira escreveu uma linda canção em homenagem ao Dr.Cipó, com uma letra fantástica citando todas as ervas que ele vendia. Na hora de escolhermos o nome, creio que deve ter sido ideia do Guinha, nos lembramos dessa história, e ficou valendo o Dr. Cipó, como nome do grupo, relacionando toda a história com a idéia de que a música também é um santo remédio.