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Bebê Kramer, acordeon, foto Pablo Corti |
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Guto Wirtti, (contrabaixo), foto Gabi Lopes |
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Luis Barcelos, bandolim, foto Arquivo Pessoal |
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Sergio Valdeos, (violão), foto Divulgação |
Uma mistura de sons e ritmos do Sul
O gaúcho radicado no Rio de Janeiro, Alessandro Kramer, mais conhecido como Bebe/BB Kramer (acordeon), juntou três amigos – Gutto Wirtti (baixo), Luis Barcelos (bandolim) e Sergio Valdeos (violão) para montar o trabalho BBKramer 4TETO e fazer uma turnê pelo Sul do País. No dia 27 de janeiro, às 19h45 horas, eles se apresentam na Concha Acústica do Parque Nicanor Kramer da Luz, como convidados especiais do 31 Rodeio Crioulo Internaci0nal de Vacaria (RS). Na volta do filho à terra, BB Kramer faz um show de releituras de músicas clássicas campeiras como Mate Amargo, Querência Amada, Gauchinha Bem-Querer, Prenda Minha, Os Homens de Preto, além de outras composições, como Correntino (Luis Carlos Borges), Santa Morena (Jacob do Bandolim), À Galope (Guto Wirtti) Lusco fusco e Hermanos Flores (BB Kramer), entre outras.
O acordeonista pinçou esses clássicos e escreveu arranjos para o quarteto. O que não falta é a improvisação na medida certa, despretensiosa como uma boa conversa. “O sotaque está puxado, mas tem bandolim nunca visto nesse repertório da música pampeana, e ainda o violão de Valdeos, que traz o sotaque peruano para a música gaúcha. Uma mistura boa, uma sonoridade sulamericana”, explica BB Kramer, que saiu de Vacaria ainda guri, tempos depois de vencer o concurso de gaita do Rodeio Internacional.
Acostumados em
palcos de diferentes tamanhos, diversas formações e público seleto, a
apresentação de BBKramer 4TETO está reservada para outras cidades do Sul, entre
elas, Lages, no dia 29, no Teatro do SESC.
Nessa turnê em quarteto pelo Sul, a ideia é
relembrar grandes nomes como Teixeirinha, Conjunto Farroupilha e o gaiteiro
Luis Carlos Borges, um ícone de seu instrumento desde os anos 1970. Mas eles
querem mostrar também as novas composições tanto de BBKramer como Guto Wirtti,
que nos últimos anos vêm se firmando como talentosos compositores e
improvisadores da música instrumental brasileira.
“A música que fizemos, três gaúchos e um
peruano, são mesclas. Vai ter também uma mistura de valsa com choro, por
exemplo, mas na mesma linguagem latina”, afirma BB Kramer, que se apresentou no
Encontro Brasileiro do Acordeon e fechou o ano de 2015 com uma turnê pela Europa
no final de novembro.
O 4TETO
BBKramer,nasceu Alessandro Kramer, em Vacaria (RS),
onde começou a estudar acordeon, seguindo os passos de seu pai Alencar
Rodrigues, gaiteiro conhecido nas terras gaúchas. Quando se mudou para
Florianópolis, no final dos anos 1990, ganhou o apelido de bebê, por ser jovem
de idade, mas um adulto na arte de tocar acordeon.
Ali na beira do mar ou da Lagoa da Conceição desenvolveu trabalhos com Guinha Ramires, Ronaldo Saggiorato, Mário Conde, Alegre Correa, entre outros. Em 2007, se mudou para o Rio de Janeiro, onde divide o palco com grandes nomes da música brasileira. Atualmente é dos nomes mais significativos da nova geração de acordeonistas, sendo elogiado por ninguém menos do que Dominguinhos e Luis Carlos Borges. Alegre contador de histórias, versátil no seu instrumento, BBKramer já tem dez discos gravados e projetos para mais uns três em 2016, inclusive o BBKramer4TETO. Aos 15 anos gravou seu primeiro álbum com o Grupo Gaitaço. De lá pra cá não parou mais: são três cds com o grupo Dr. Cipó, um solo com Guinha Ramires, Guto Wirtti e Alegre Correa; dois em duo - um com o acordeonista Toninho Ferragutti e outro com Gabriel Grossi (harmônica). Além disso tem um disco com Yamandu Costa, Rogerinho e Luis Barcelos, e acaba de finalizar um trabalho com Alegre Correa e outros amigos.
Ali na beira do mar ou da Lagoa da Conceição desenvolveu trabalhos com Guinha Ramires, Ronaldo Saggiorato, Mário Conde, Alegre Correa, entre outros. Em 2007, se mudou para o Rio de Janeiro, onde divide o palco com grandes nomes da música brasileira. Atualmente é dos nomes mais significativos da nova geração de acordeonistas, sendo elogiado por ninguém menos do que Dominguinhos e Luis Carlos Borges. Alegre contador de histórias, versátil no seu instrumento, BBKramer já tem dez discos gravados e projetos para mais uns três em 2016, inclusive o BBKramer4TETO. Aos 15 anos gravou seu primeiro álbum com o Grupo Gaitaço. De lá pra cá não parou mais: são três cds com o grupo Dr. Cipó, um solo com Guinha Ramires, Guto Wirtti e Alegre Correa; dois em duo - um com o acordeonista Toninho Ferragutti e outro com Gabriel Grossi (harmônica). Além disso tem um disco com Yamandu Costa, Rogerinho e Luis Barcelos, e acaba de finalizar um trabalho com Alegre Correa e outros amigos.
Guto Wirtti nasceu em berço de músicos, na cidade de Frederico Westphalen, e aos 13 anos já se apresentava em concertos e festivais no Rio Grande do Sul.
Aos 16 anos mudou-se para Salvador e, em 2003, a convite de Yamandu Costa, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar em duo com o violonista. Com Yamandu se apresentou em vários festivais, como o Melbourne Jazz Festival, na Austrália. Em 2007, ao lado de Nicolas Krassik, participou do disco independente Lida, de Yamandu, gravado pelo trio violão, contrabaixo acústico e violino, álbum que foi relançado em 2011, pela Biscoito Fino. Como baixista e arranjador trabalhou em shows e gravações com Léo Gandelman, Celso Fonseca, Ed Motta, Luiz Melodia, Wilson das Neves, Milton Nascimento, Mart'nália, Gabriel Grossi, Nicolas Krassik, entre outros. Em 2015 concebeu e arranjou shows para homenagear os 100 anos de Lupicio Rodrigues, além disso desenvolveu trabalho com Sergio Mendes.
Luis Barcelos nasceu em Porto
Alegre e em 2005, com 18 anos, foi morar no Rio de Janeiro. Considerado uma das
grandes revelações da música instrumental brasileira, Luis é um jovem
bandolinista, arranjador e compositor, que vem unindo a escola do bandolim
brasileiro ao atual bandolim de 10 cordas.

Os críticos consideram seu som como único, inventivo e marcante, sempre com o foco no mais sofisticado gênero instrumental brasileiro: o Choro. Mas o bandolinista transita também, com liberdade e criatividade, por outros caminhos musicais. Como bandolinista já participou de shows e discos de Yamandu Costa, Roberta Sá, Alaíde Costa, Elza Soares, Chico Buarque, Wilson das Neves, Monarco, Fundo de Quintal, Paulo Moura, Beth Carvalho, entre outros. Além de seu trabalho instrumental, compõe com maestria e já tem músicas assinadas com os veteranos Hermínio Bello de Carvalho e Délcio Carvalho. Como arranjador, escreveu Suíte Impressão Brasileira, de Yamandu Costa, sob encomenda do Museu do Louvre, Paris. Fez a direção musical do espetáculo teatral Amigo Cyro, Muito te Admiro, sobre o cantor Cyro Monteiro. Seu primeiro disco solo Depois das Cinzas apresenta composições, como Um sábado na Urca, Simbólico e Quebrando Tudo.

Os críticos consideram seu som como único, inventivo e marcante, sempre com o foco no mais sofisticado gênero instrumental brasileiro: o Choro. Mas o bandolinista transita também, com liberdade e criatividade, por outros caminhos musicais. Como bandolinista já participou de shows e discos de Yamandu Costa, Roberta Sá, Alaíde Costa, Elza Soares, Chico Buarque, Wilson das Neves, Monarco, Fundo de Quintal, Paulo Moura, Beth Carvalho, entre outros. Além de seu trabalho instrumental, compõe com maestria e já tem músicas assinadas com os veteranos Hermínio Bello de Carvalho e Délcio Carvalho. Como arranjador, escreveu Suíte Impressão Brasileira, de Yamandu Costa, sob encomenda do Museu do Louvre, Paris. Fez a direção musical do espetáculo teatral Amigo Cyro, Muito te Admiro, sobre o cantor Cyro Monteiro. Seu primeiro disco solo Depois das Cinzas apresenta composições, como Um sábado na Urca, Simbólico e Quebrando Tudo.
Sergio Valdeos nasceu em Lima, no Peru, é violonista, arranjador e já trabalhou com diversos músicos e cantores,
como Eva Ayllon, Pilar de la Hoz, Carmina Canavino, Gian Marco Zignago, Cecilia
Barraza, Cecilia Bracamonte, Jane Duboc, Guinga, Leila Pinheiro e Celia Vaz.
Sua participação no grupo da cantora Susana Baca, ganhadora do Grammy Latino de
2002, lhe proporcionou viagens pelos cinco continentes, nos principais
festivais de world music, e muita experiência musical.
Vivendo
no Brasil há anos, Sergio foi um dos idealizadores do quarteto de violões
Maogani, vencedor de diversos prêmios no Brasil, entre eles o da Música (2015);
o TIM (2005) e Caras (2002). Atualmente, o violonista faz parte do grupo
Maogani, que lançou, no ano passado, um disco dedicado a obras pouco conhecidas
de Ernesto Nazareth. Além disso, Sergio, que vive no Rio de Janeiro, trabalha
na pós-produção de um disco em parceria com Renato Braz, onde os dois exploram
um repertório latino-americano.
No Peru, Sergio foi professor da escola de folclore José Maria Arguedas
(2000-2001) e fundador do Clube do Choro (2002-2008), grupo dedicado à difusão
do choro e da cultura brasileira neste país. Um de seus trabalhos que ganhou
destaque foi a criação do grupo Kenyara com um trabalho livre sobre a música
instrumental da costa e dos Andes do Peru.