Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

POR LA RUTA 40...


Lago Epuyén




Bodega Weinert, paralelo 42.
Ruta 40 - Bariloche - El Bolsón




Cordeiro da Parrilla Patagonia, El Bolsón

Lago Nahuel Huapi, Bariloche

Dia 28

Chegada no aeroporto de Bariloche, com sol e céu azul. Pegamos um táxi e dividimos com um polonês que vinha no mesmo vôo e que não falava uma só palavra em espanhol ou outra língua, que não o inglês. Pablito salvou, pois nem o taxista, um típico argentino remacanudo, pronunciava uma só palavra. Ele emprestou o celular para ligar e conseguir alugar um carro. Depois de duas tentativas – Gol e Siena - pegamos um Ford Ka com outro Pablo, muy macanudo, no centro da cidade.

Como o casal de gorditos não viaja sem lanche passamos no Todo a su lado para comprar presunto cru, queijo, meia lua e, claro, algumas botellas de vinhos da região, ou seja, da província de Rio Negro: Humberto Canale, por supuesto. O dia estava esplêndido, céu azul sem nuvens, o que fez com que a gente optasse por ficar uma noite em Bariloche para conhecer melhor.

Ao passar pela avenida Bustillo paramos numa Hosteria, mas o Pablo preferiu olhar outras coisas. Fomos até a Península de San Pedro no Aldebaran, um lugar charmoso com vista para o lago Nahuel Huapi, piscina climatizada, mas achamos os U$ 290 muito para passar uma noite e não aproveitar o que o lugar oferecia. Se a grana der, a gente vai ficar a última noite por lá…Depois de fazer o circuito chico, na volta para a cidade e quase decididos a ficar num hotel no centro, passamos por umas cabanas com o nome La Cebra de frente para o lago Nahuel Huapi. Pablito, que tem bom gosto, desceu, olhou e decidiu ficar. O preço? Uma quinta parte da anterior.

Como escurece quase às 22 horas, nos perdemos no horário e saímos para jantar lá pelas 23h. Jantamos massa com vinho em El Boliche de Alberto e depois saímos sem rumo pelas ruas de Bariloche. A cidade nos surpreendeu, pois estava sem muitos turistas.

Dia 29, El Puelo e El Bolsón

Acordamos com os olhos no lago e um ar fresco e agradável. Antes de partir para o nosso objetivo - uma passada no Musimundo para pegar o Tricota, último álbum do grupo Otros Aires – a Ruta 40, com destino a El Bolsón. Foram pouco mais de uma hora para fazer os 100 e poucos km com o nosso novo companheiro de viagem um Ka 2010. No caminho sentimos o aquecimento do planeta tanto no desgelo das montanhas, como na alta temperatura.

Ao chegar à pequena cidade, não tão pequena assim, fomos direto ao posto de turismo, que ao contrário de Florianópolis, funciona muito bem com preços de hotéis, pousadas e cabanas. Saímos de lá com folhetos e a ideia de chegar a Lago Puelo, na província de Chubut e distante uns 12 km de El Bolsón, que está na província de Rio Negro. Foi o dia mais quente dos últimos 20 anos, com o termômetro marcando 32 graus - a temperatura máxima para esta época do ano é de 25.

Quando soube que em Lago Puelo não havia hospedagem, a minha temperatura também começou a subir e bateu o desespero, pois estava muito quente e a gente não tinha comido nada. Com fome perco todos os pontos cardeais, mas parece (ou será desejo?) que agora encontro um deles com mais facilidade e em menos tempo. Depois de ver e não gostar de três lugares e um achar acima do preço estabelecido, voltamos para El Bolsón.

Ao passar em Villa Turismo, Pablito, que também estava inquieto, resolveu seguir a placa Las Grullas, cuja dica já tinha sido dada no turismo e sem a informação da existência do wi-fi. Fomos recebidos por Maria Angelica numa cabana aconchegante, barata e com wi-fi. Como nem tudo é perfeito, só tinha vaga para uma noite. Sonhando com um cordeiro patagônico e seguindo a dica de Maria Angelica fomos parar na autêntica Parrilla Patagônia, do simpatico e comunicativo Fernando. Presidente do equivalente ao Florianopolis Convention Bureau, ele e sua mulher já correram o mundo. Agora, com Valentino de 4 anos, estacionaram na Patagônia e abriram as portas desta agradável e diferenciada parrilla. Oferecem vinho produzido em El Hoyo e com rótulo próprio, cervejas artesanais da cidade como Araucana, El Bolsón, entre outras, e todo o tipo de carne – do cordeiro, passando pelo assado, o cervo, o javali…Uhmm um prazer só!! E com a temperatura na marca dos 15 graus nos dirigimos para nossa primeira noite aos pés do recortado Piltriquitron.

Dia 30 – El Hoyo, El Bolsón

Como aprendemos no dia anterior, primeiro é melhor procurar o berço. Fernando pediu para passarmos lá que ele conseguiria alguma coisa pra nós ficarmos até 1 de janeiro. Tínhamos como exigências cabanas individuais, conectada e fora do centro da cidade. Fomos a três em Villa Turismo e ficamos entre duas, a do arquiteto Miguel e a de Claudio. Dica do Fernando foi boa, mas totalmente sem sombra e a temperatura estava bem alta novamente. Elegemos Pedras Brancas, casinha de duendes, na sombra e de cara para o Piltriquitron e para o Cierro Hielo Azul, com 2.270 metros, pouco mais alto do que o Perito Moreno.

Perto do meio-dia com sol escaldante fomos às compras para equipar a casinha e, claro, almoçar. De repente, lá pelas 4 horas o tempo fechou, vento leste, muito raro nesta época, e uma tremenda tormenta elétrica, com o cerro ficando roxo.

Esta demonstração da natureza não nos assustou e fomos cumprir o roteiro do dia: bodega Weinert e propriedades ecológicas, ambas em El Hoyo, na província de Chubut e uns 15 km de El Bolsón. Bodega fechada, só abre depois do Ano Novo e a dica de que o vinho tinha no supermecado da localidade. As propriedades com frutas, verduras, doces e conservas comercializam seus produtos na região e toda a família trabalha ali.

A chuva raríssima nesta época do ano não chegou a atrapalhar a visita ao Lago Epuyen, que está dentro de um parque semelhante ao da Lagoa do Peri, em Florianópolis, mas com boa infra-estrutura – cabanas, campings, churrasqueiras, locais para pesca de trutas, além da prática de esportes náuticos que não tenham motores. Por aqui também se sente intensamente as mudanças da natureza, mas a água é abundante e o ar puro.

Depois de ter conhecido Adriana no mercado, compramos ravioles de acelga e vinho Piedra Parada produzido no paralelo 42 pela bodega Weinert. Nem o apagão atrapalhou o jantar à luz de emergência, com o recomendável Piedra Parada, um vinho de zona fria que mescla Merlot e Pinot e cujo o nome é em homenagem a enorme pedra de 240 metros de altura perto do lugar, onde se reuniam os nativos tehuelches, mapuches, manzaneros e araucanos para tomar decisões, negociar e festejar. Além de bom vinhos e saborosas cervejas, é possível beber água da torneira.

Foi uma noite e tanto. Para o próximo dia, muitas opções!




quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

DICA DE PABLITO


SEM GRAVAR desde 2007, o carioca Eumir Deodato, um dos mais importantes no movimento da Bossa Nova, e um dos arranjadores mais requisitados da atualidade, lançou este ano o excelente álbum The Crossing. Radicado nos Estados Unidos desde os anos 1960, Eumir apresenta um CD de parcerias com músicos como John Tropea, Airto Moreira, Londonbeat, Paco Sery, Billy Cobham, Noveceto e Al Jarreau, de quem sou um grande admirador. Mas melhor do que falar é ouvir no link http://www.youtube.com/watch?v=eOieXwEKt8Y que traz parte de cada música. Um deleite para os ouvidos e un buen regalo para navidad!!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Será que a bruxa está solta atrás de Noel?

ESTAMOS EM VÉSPERA DE NATAL, a melhor época para vendas, mas aqui em Floripa os vereadores até comercializaram o cargo de presidente da Câmara. O prefeito Dario Berger (PMDB), quem diria, acusa seu fiel colaborador Asael Pereira (PSB) de lhe pedir R$ 300 mil em troca do voto para o candidato da chapa governista, João da Bega (PMDB), derrotado por dois votos na terça à noite durante eleição para presidente da Casa.

À Rádio CBN Asael disse que o prefeito está sendo infantil na grave acusação. E afirmou que seu voto na oposição foi para dar uma maior independência ao Legislativo municipal. Raro não, para quem até segunda era o vice líder de confiança.

Quem poderá desvendar o mistério que fez Asael, o atual vice-líder do Governo Municipal na Câmara de Vereadores, de um dia pra outro, trocar de lado e votar no candidato Jaime Tonello, do DEM, ou seja, da oposição? Boatos afirmam que foi o aceno com grana e cargos em 2011, no novo Governo do Estado, o responsável por fazer o vereador a buscar o dízimo em outras paradas.

Na entrevista, o prefeito afirmou, mas não provou, ter conhecimento que tem vereador de sua base que, horas antes da eleição, recebeu telefonema oferecendo R$ 500 mil para votar contra o Governo Municipal. E se Dario tinha conhecimento por qual motivo não denunciou à Casa a compra de votos na eleição? Será que estava de salto alto dando a vitória como certa?

Quando a bruxa e o Papai Noel se encontram na Ilha em dezembro sempre dá trovoada. No ano passado o bom velhinho tirou do saco e jogou fora a árvore milionária. Será que neste ano foi ele quem jogou uma sacola de dinheiro nos corredores da Câmara?

Cuidado!!! A bruxa está solta e em volta da Praça XV atrás de Noel e olha que ainda nem estamos em Lua Cheia.



sábado, 4 de dezembro de 2010

CURTA AS CURTAS

Inexplicável

O TRADING TURÍSTICO acena com mar transparente, ótimos dias de sol, resorts premiados, hotéis de luxo, casas com diárias entre R$ 150,00 e R$ 15 mil. Além disso, promete um reveillon com alegres celebridades e com o tumtum dos melhores djs do mundo. Este pessoal almeja 1 milhão de turistas na temporada da virada, é mole?
Não, Mole é a praia. Duro é ter de conviver com uma outra parte deste pedaço de terra perdido no mar, que não está nesta publicidade aí. O aeroporto Hercílio Luz, por exemplo, está sucateado e fora dos padrões. A rainha do axé Ivete Sangalo teve de mandar seu jatinho dormir em São Paulo, pois no Hercílio não tinha vaga, não tem? E se você é mais simples e chegar por terra, não fique preocupado com a lentidão do trânsito na entrada da ponte, ele está assim mesmo na maioria da Ilha. Confira na foto de Paulo Dutra.
Os meios de comunicação estampam o terminal rodoviário quebrado, com baldes pelo chão, rachaduras pelas paredes e muitas obras atrasadas, como o Trevo da Seta, em direção ao Sul da Ilha. Isso sem falar na falta de mobilidade e de transporte público decente. Ah! E tem mais, placa na Avenida das Rendeiras colocada pela Fatma, a Fundação do Meio Ambiente de SC, sobre a qualidade da água no cartão postal não está nem própria, nem imprópria, está INSANA! Vai encarar? Depois me conta.

Rede Social
Na sexta à noite fomos ver A Rede Social, éramos os mais velhos numa platéia de jovens. Na tela, o retrato de toda uma geração que nasceu junto com a internet, apertando as teclas e sempre conectada. O filme não é simplesmente a história da criação do facebook. É muito mais intenso. Fica a dica.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coisas de Maria João



SÃO COISAS...coisinhas...cositas... Tudo que ali nos cerca, surpreende. É o detalhe da boneca, o pão de queijo, o puxador da porta do banheiro.

Naquele final de tarde em Sambaqui, ao som do maranhense Tião Carvalho, de Guinha Ramires e de Noel Carvalho, captamos - Pablito e eu - estas imagens.

Fica aqui a dica de passeio em Sambaqui, na Ilha de Santa Catarina.

domingo, 21 de novembro de 2010

DICA DO GALLETA


A música brasileira está cada vez mais bem servida de compositores da nova geração. Um ótimo exemplo é o grupo A Filial, que teve seu conhecimento primeiro nos Estados Unidos com o album $ 1,99, de 2008. O grupo está em seu terceiro disco e une o rap e o hip-hop com ritmos bem brasileiros, como o baião e o samba. Para o Galleta, a variedade de ritmos é tanta que é impossível enjoar. Então, coloca pra tocar!!!

A Filial

Grupo A Filial com a música Baião one Two

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ancorado no Porto, mas sem O Barquinho, o mestre Menescal

Foto divulgação

EM NOITE DE TRIBUZANA, na terça-feira 9 de novembro, aportou no 13 Festival de Itajaí, a musicalidade de Roberto Menescal. No show Balansamba, o velho Menesca tirou da cartola toda a sua bagagem musical acumulada e transformada em 58 anos de carreira com importantes músicos, como Toots Thielemans, Maysa, Elis Regina, Wanda Sá e Nara Leão. Durante 15 anos dedicou-se à gravadora Polygram e hoje tem sua própria produtora/gravadora, a Albatroz.
Ao abrir a primeira noite do Festival, Menescal pisou no palco com sua guitarra entoando Wave, um dos símbolos da bossa nova, movimento do qual foi um dos fundadores ao lado de Carlos Lyra, Tom Jobim e Ronaldo Boscoli. Aos poucos foram entrando os músicos João Cortez (bateria), Adriano Souza (piano) e Adriano Giffoni (baixo). A cumplicidade entre eles fica transparente na primeira nota da canção Swingueira, emenda com a popular O Barquinho e a encantadora Agarradinhos – tudo instrumental, limpo e alegre, com cada músico transpirando talento. Das mãos e pés de João Cortez a sonoridade era única e se misturava à cadência do baixo de Giffoni e a alegria do piano de Adriano Souza.
Simpático, entre uma música e outra, o mestre Menesca vai contando histórias, como a da canção Bye bye Brasil, composta por ele e Chico Buarque, uma encomenda do cineasta Cacá Diegues. “Na última hora Chico chegou com uma letra quilométrica”, brincou.
Na segunda parte do show, a participação do delicioso timbre de Cris Delano em conhecidas canções como Corcovado, Só Danço Samba, Telefone e Tem Dó. Destaques para a velha e sempre atual Balansamba e Roxanne (The Police), numa intensa interpretação de Cris Delano. Inesperada foi a participação do flautista Roberto Sion, que está ministrando oficina no Festival de Música.
Apesar de não estar lotado e aí a culpa não é do valor do ingresso – R$ 10 e R$ 20 -, o teatro, com uma ótima acústica, era só alegria ao fazer coro na deliciosa A Felicidade, de Tom e Vinicius, o bis do espetáculo.
Num dia de profunda tristeza e fortes emoções por perder meu primo-amigo-colega Fernando Arteche Hamilton, a música que muito nos uniu, deu o seu recado A felicidade é como a pluma/
Que o vento vai levando pelo ar/
Voa tão leve/
Mas tem a vida breve/
Precisa que haja vento sem parar…

PROGRAMAÇÃO FESTIVAL
Quinta - show internacional com o Paris Jazz Underground
Sexta - Palavra Silêncio com o grupo Quebra Pedra e Rafael Macedo
Encerramento com o show O imaginário sonoro do Brasil, com o grupo gaúcho Expresso 25.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CURTA AS CURTAS

Quem vier, viverá!
A outrora Ilha de Santa Catarina não é mais a mesma. E olha que cheguei aqui há 20 anos. Temos hoje total falta de segurança, embora desde agosto 160 câmeras de vigilância, adquiridas por R$ 2,5 milhões (sim, o dinheiro é de todos), mofem com a pomba no balaio da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa do Cidadão. Quanta insegurança para o cidadão! Quanto descaso com o dinheiro público!
Outro problema grave é a falta de mobilidade. Nem estamos perto da alta temporada e os engarrafamentos ocorrem de Norte a Sul, de Leste a Oeste, além de serem diários e a qualquer hora nas principais vias da cidade. É pauta nacional, pois estamos com graves problemas e, parece, sem ninguém para resolvê-los.
Na coluna Visor do DC a informação é a de que o prefeito Dário vai tirar licença médica de 30 dias, a partir da próxima semana, para reconstruir os ligamentos de um dos joelhos. Dizem também que vai emendar a licença saúde com os 30 dias de férias. Depois vem Natal (sem árvores), o Ano Novo (sem fogos) e a tão esperada e propagada temporada. Vale lembrar que em julho o prefeito tirou 12 dias de férias!


Só na pressão!
O músico gaúcho Nei Lisboa postou um vídeo-protesto para tentar fazer com que a companhia aérea que extraviou seu violão um Washburn EA44, da série “Festival” de 1993, pagasse o estrago. Em 24horas foram mais de 4 mil acessos, o que fez a companhia rever sua estratégia. Até então, ela tinha oferecido R$ 800,00 ou rolar na Justiça o processo, o que deixou Nei indignado, pois ele tinha pago, em 1993, U$ 1.100,00 pelo violão.
No vídeo, Nei explicou a situação e mostrou o instrumento que caiu no chão e ainda foi esmagado pelo carro que leva a bagagem. O protesto deu certo, o violão foi esmagado no dia 15 de outubro e o novo chegou direto de Nova Iorque, na noite do dia 28.
O negócio é pressionar sempre!!!

No Uruguai
Depois de eleger para presidente um ex-tupamaro guerrilheiro, o Uruguai vai abrigar em 2011 o primeiro complexo homossexual e nudista da América do Sul, que fica distante 30 km do centro da charmosa Punta del Este, numa zona de residências, pousadas e casas de veraneio. O Chihuahua Resort Nude Beach vai contar com dois prédios independentes, um com 34 apartamentos para homossexuais e outro com 46 apartamentos para heterossexuais. O complexo terá 100 mil metros quadrados e contará com cinco bares, uma discoteca, várias piscinas e um spa.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sábado, 30 de outubro de 2010

DICA DO GALLETA



SEMPRE ATENTO às novidades do mundo musical, o DJ Gajeta enviou ao blog esta preciosa dica do grupo Interactivo, com o recado: “É a vanguarda da música cubana”. Tudo começou há quase nove anos, quando Roberto Carcassés fazia os arranjos do primeiro álbum da versátil instrumentista e cantora da Ilha de Fidel, Yusa (para quem não sabe ela já se apresentou com Lenine na França, onde gravaram o disco ao vivo In Citè).
Logo depois que terminaram a gravação do CD, Roberto e Yusa resolveram juntar outros músicos para trabalhar em equipe. Na cabeça alguns objetivos bem definidos, como experimentações, intercâmbio musical e inquietações artísticas. O resultado não podia ser outro, um som criativo, refinado com uma atitude de vanguarda, sem abandonar o suingue cubano.
Neste seu segundo trabalho, Cubanos por el Mundo, eles navegam em diferentes correntes musicais, passando pelo jazz, funk, rock, rumba, rap e também pelo bolero. Entre os vocalistas do album lançado este ano estão Melvis Santa, Yusa, Telmary, Descemer Bueno, William Vivanco, David Torrens, Bobby Carcassés e Kelvis Ochoa, além dos instrumentistas Oliver Valdés (bateria), Julio Padrón (trompetista) e Elmer Ferrer (guitarrista). Abaixo uma palhinha do som do Interactivo com a canção Que no Pare el Pare.
Benção Galleta, mande mais dicas sempre. Gracias Ilha de Cuba por mais estes talentos!

INTERACTIVO "Que no pare el Pare"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pra que serve a lei?


O PROFESSOR QUE CONCEDEU entrevista à RBSTV e ao Diário Catarinense sobre a demolição do Edifício Mussi, no Centro de Florianópolis, é um amigo de fé e irmão camarada, há 20 anos. Nosso laço de carinho, respeito e amizade é anterior, pois sua mãe e minha avó paterna eram vizinhas e comadres lá pras bandas da fronteira, em Sant’Ana do Livramento, nos anos de 1930-40. Luiz Eduardo Fontoura Teixeira, o dr. Peixe, é um professor aplicado, estudioso e, acima de tudo, um amante da arquitetura e suas nuances. É daquela geração, quase em extinção, que preza o caráter, a socialização do conhecimento e o bom humor.
Ele festejava o reconhecimento de sua tese de doutorado Arquitetura e Cidade: A modernidade (possível) em Florianópolis 1930-1960, quando viu vir abaixo um dos exemplares de seu estudo. Antes de sábado, andava assoviando Beatlles porque participava, com outros colegas da Arquitetura, de uma comissão formada pelo Iphan, Sephan (Serviço de Patrimônio Histórico, Artístico e Natural de Florianópolis) e a Fundação Catarinense de Cultura, com o objetivo de discutir o tombamento de patrimônios arquitetônicos da cidade, como por exemplo, o Edifício Mussi, e muitos outros prédios da capital.
Na semana passada, inclusive, eles se reuniram, mas nenhum representante do Sephan apareceu, só o Iphan, e falaram sobre vários casos, entre eles o do Edifício Mussi.
A briga agora é de peixe grande – Ministério Público Federal e Prefeitura Municipal. Ao ser informado pelo Ipuf sobre a tramitação de um processo de demolição solicitada pela construtora Hantei, o procurador Eduardo Barragan recomendou, na sexta-feira, a suspensão da intervenção no prédio. O pedido, segundo o MPF, foi encaminhado à empresa e à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. O secretário José Carlos Rauen, que também é presidente do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina, disse que a prefeitura autorizou a demolição na sexta, e que só recebeu a recomendação do MPF, na segunda.
Mas é bom ressaltar que existem leis a serem cumpridas. Ou tem gente que pensa que a lei foi feita para não ser levada a sério? O Plano Diretor do Distrito Sede, de 1997, exige a aprovação do Sephan para colocar abaixo prédios com mais de 30 anos, caso do Edifício construído em 1957, portanto, a regra não foi seguida. O procurador alerta ainda que existem leis que exigem autorização dos serviços histórico municipal, estadual e nacional, para qualquer intervenção em edifícios no raio de 500 metros de bens tombados. Este também era o caso do Edifício Mussi, que ficava próximo da Escola Lauro Muller, da Igreja Luterana e da antiga Escola Alemã.
O assovio do professor se calou, mas sei que daqui a pouco ele já entoa novas melodias. De uma coisa eu tenho certeza, o prédio de estacionamento que será erguido no lugar do edifício não vai receber o carro do professor, mas com certeza vai abrigar o carro de muitos homens públicos.

O Patrimônio...

sábado, 16 de outubro de 2010

Um pacto com Dio&Baco


FOI LÁ EM BOTAFOGO numa agradável noite de sexta-feira que encontrei Dionísio, o deus grego, e Baco, o romano. No palco do EcoShow, eles estavam na pele de Suely Mesquita e Eugenio Dale, respectivamente. Estes dois parecem muitos mais ao proporcionarem ótimas composições aliadas a um contagiante balanço.
Compositor, produtor, arranjador, instrumentista e ainda cantor, Eugenio Dale é vários. Trafega por estilos e funções bem diferentes. Em 2010, por exemplo, produziu gravações de Elza Soares, Maria Gadu, Robertinho Silva e Anna Ratto. Como arranjador e instrumentista trabalhou com Dominguinhos, Baby do Brasil, Blitz, Fernandinha Abreu, Katia B, Vitor Ramil, Sadao Watanabe, Tania Alves. O Eugenio “Baco” compõe ainda para cinema e seus trabalhos podem ser ouvidos no Sexo, Amor & Traição, de Jorge Fernando; Sejo o Que Deus Quiser, de Murilo Salles; e Sonhos Roubados, de Sandra Werneck.
Suely, que completou 30 anos de MPB, é tantas, que até já perdeu a conta: ex-fotógrafa, escritora, cantora e compositora. É dela, em parceria com Pedro Luis, a música tema de Fred, personagem de Reynaldo Gianechinni na novela Passione - “Animal/ Bem que quando o seu sangue pensa/ É feito um rio que se adensa (...)/ E os exercícios sábios somem/ E só parece sábia a natureza e o que os bichos comem”. Suas músicas foram gravadas pelos parceiros Fernando Abreu, Paulinho Moska, Ney Matogrosso com Pedro Luís e a Parede, Celso Fonseca, Zélia Duncan, Chico Cesar e Zeca Baleiro, entre outros.
Os dois se reinventam o tempo todo e enchem o pequeno palco de vozes, violões, tamborim, pandeiro e cajón, mostrando as canções do primeiro CD Dio&Baco, em fase de gravação e com excelentes participações. Na sexta, por exemplo, quem acompanhou a dupla foi Arícia Mess, que soltou a voz na fabulosa Zona e Progresso: “Dionísio é o deus da zona/ zona sagrada/ gen do zen genial/ lugar do bem e do mal”.
Pactocombaco, de Eugenio, abre o show e dá o tom do suingue que vem pela frente. O lado zen da dupla aparece no mantra Até que chova dinheiro “Quero cantar no chuveiro/ pra sair com a alma lavada / até que chova dinheiro/ sem a gente fazer nada”. Depois disso a sussurrante Kriptonita e uma homenagem a Nelson Motta, com a canção Sem Capotta.
Mas claro que não poderia faltar a intimista Qualquer Lugar, que está em Sexo Puro, o segundo CD de Suely - “vamos nos encontrar no metro/ na porta do trem as 10 para as 6/ confundidos no rush com outros passantes no meio da rua/ sem querer nos ver’’).
Gravado de forma independente, o álbum vai ser a porta de entrada para estes dois talentosos músicos mostrarem seu trabalho Brasil afora. Agora, é pegar a estrada e se entregar aos prazeres da vida de Dio&Baco.
Para quem ficou curioso e quer mais é só acessar WWW.dioebaco.com.br e /ou WWW.suelymesquita.com.br/diobaco. Foto do show é de Glaucio Atayala.

Pactocombaco (Eugenio Dale)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sem perder a essência


O SOM DELES É vibrante, requintado e sensual, uma mistura de tango e música eletrônica que mexe com o corpo e com a alma. Formado pelo francês Philippe Cohen Solal, o suíço Christoff H. Muller e o argentino Eduardo Makaroff, o Gotan Project se apresentou quarta-feira à noite no Vivo Rio reforçado. Lá estavam os elegantes e talentosos Facundo Torres (bandoneon), Ananta Roosend (violino e sopro), Lalo Zanelli (piano) e a simpática vocalista Claudia Pannone.
Em sua terceira passagem pelo Brasil, o grupo apresentou alguns sucessos dos dois primeiros discos – La Revancha del Tango e Lunático – mas centrou-se no excelente álbum lançado neste ano: Tango 3.0. Um dos pontos altos foi a homenagem ao autor argentino Julio Cortázar, com a música Rayuela, mas as execuções das fantásticas Peligro e Tu Misterio, me fascinaram.
Num telão atrás dos músicos eram exibidas imagens e clipes, e quando dois rappers apareceram no imenso telão mesclando suas vozes com o som do Gotan, o público delirou. E eu fiquei com a certeza de que eles, dos grupos de eletrotango, são os que conseguem o que parece impossível: juntar o moderno ao clássico, numa mistura de arrepiar.
Aplausos, gritos e assovios e o Gotan voltou, depois de quase 2 horas de show, para apresentar o “bis”: Santa Maria (del Buen Ayre) e Immigrante. Quando terminou fiquei com um gosto de quero mais. Quem tiver em Salvador, em 13 de outubro, ou em Porto Alegre, dia 15, não pode perder a oportunidade de sentir essa mistura, que deu outra roupagem ao tango, mas sem deixá-lo perder a essência.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Será fantástico...


QUERO VIVENCIAR UMA SÓ ELEIÇÃO sem pesquisas de opinião; sem programas de TV (deveriam ser pagos, como as publicidades e ainda ao vivo); sem a imprensa que se diz neutra (vivas ao Estadão que se posicionou), sem debates (porque o que vi nestas eleições em Santa Catarina foram conversas de comadres e compadres, já com Alzheimer) e sem o voto obrigatório. Seria a glória, não?

Como esse tempo ainda não chegou vou abordar dois temas: debate e pesquisas. Na RBS ontem à noite a candidata do PT, Ideli Salvatti, levou o líder das pesquisas, Raimundo Colombo (DEM), para a UTI do Hospital Tereza Ramos, em Lages, ao denunciar que uma equipe de filmagem entrou no centro cirúrgico para gravar cenas para os programas do horário político. Colombo sequer pediu direito de resposta, apenas disse que não houve prejuízo para a atividade do centro cirúrgico, não negando o uso do espaço público. Pela lei, é vedado o uso de bens públicos em campanha eleitoral. A denúncia foi feita ao Ministério Público. (leia mais www.deolhonacapital.com.br). O que vai ocorrer?

As pesquisas diferem. Enquanto a última encomendada pelo jornal Notícias do Dia dá vitória para Colombo no primeiro turno, o Ibope deixa dúvidas no ar, com o candidato do DEM na frente e Angela Amin em segundo lugar. Já outra pesquisa, a Vox Populi, solicitada pela Fecesc (Federação dos Trabalhadores no Comércio do Estado de Santa Catarina), coloca Ideli no segundo turno, num empate técnico com Angela, ou seja, uma delas chega lá.
Trocando em miúdos tudo pode acontecer em Santa Catarina. É aguardar o domingo à noite. Será fantástico?

DEBATE NA UFSC
Uma ótima oportunidade para discutir as eleições 2010 será hoje (30), a partir das 19 horas, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC. Entre os debatedores estão os professores e cientistas políticos da universidade Hector Leis, Erni Seibel e Remy Fontana.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

OS MIMADOS

LEMBREI DA MINHA VÓ Julia Vasquez ao ler, no final da tarde de quarta, o blog do Josias de Souza (http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/) com a irritação de Serra, que ameaçou interromper a entrevista de quatro blocos na TV com a Márcia Peltier. No primeiro bloco o homem se destemperou, disse que o programa tinha sido montado, insinuou que a jornalista era simpática à candidatura de Dilma, tudo isso gravado por uma repórter do Terra. O vídeo se espalhou pela internet e nos comentários sempre o bom-humor brasileiro: Dilma é do PT, Serra é do Piti, numa alusão ao comportamento do candidato.
Para o jornalista da Folha de S. Paulo, se o telespectador visse tudo talvez concluísse que, em matéria de liberdade de imprensa, o tucano se aproxima do PT José Dirceu, para quem há “abuso no poder de informar”.
Na quinta, o mesmo destempero. Só que do prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), que teve seu carro oficial pego pela Polícia Federal. O Vectra preto conduzido pelo motorista do prefeito transportava, no bagageiro, propaganda política da ex-mulher e do ex-governador.
Em entrevista ao Diário e depois à rádio CBN, o prefeito passou do ponto e também teve “Piti”, sempre no seu estilo reclamão, dizendo ser um perseguido político. O ápice chegou na pergunta: Transportar material em carro oficial pode? Dá uma conferida no blog do Valente - www.deolhonacapital.com.br
Alguém tem de avisar aos dois que já não são os guris “mimados da mamãe”, como dizia a “véia Júlia”. A oposição, o exercício do argumento e o equilíbrio estão em extinção?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

SONS E TONS

Dica de Pablito
O guitarrista uruguaio radicado na Argentina, Nicolás Ibarburu ou Nico Ibarburu, apresenta o seu primeiro trabalho solo Anfíbio. Para quem gosta do estilo musical de Fito Paez, de Ruben Rada, de Spinetta, de Horacio Ferrer, de Jaime Ross e de Hugo Fattoruso, com quem Ibarburu já dividiu o palco, vale conferir o som.


Forró na Lagoa
É amanhã, dia 16, a estréia do Forró na Lagoa, no seo Beltrano, ali na Afonso Delambert, não tem? Miltinho Eriberto convida Tatiana Cobbett e Marcoliva e o trio promete convidados surpresa! Uma boa dica para uma quarta-feira às 21 horas.


ESSE LULA FAZ COISA...
No maior colégio eleitoral de Santa Catarina, Joinville, Lula soprou fogo contra o DEM – a família Bornhausen em especial. Foi o que bastou para acender até então a morna campanha catarinense. Em nota na terça pela manhã o deputado Federal Paulo Bornhausen, filho de Jorge, reagiu. “Para pronunciar o nome dos Bornhausen dentro de Santa Catarina, Lula tem que estar são e lavar a boca antes”, disse o deputado federal do DEM. O bate-boca continuou no meio da tarde com o secretário de Comunicação do Diretório Estadual do PT, Murilo Silva. “Para pronunciar o nome dos Bornhausen em SC precisa-se apenas de lucidez política”.
E vem mais lenha nessa fogueira de setembro. Quem será cozido antes do tempo?

NO http://sul21.com.br/jornal/2010/09/pt-e-dem-trocam-farpas-e-aquecem-campanha-de-santa-catarina/
tem mais informações sobre a temperatura da campanha catarinense.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Uma montoeira de indecisos

Ao fazer frilas sobre a eleição em Santa Catarina, entre eles para
o www.sul21.com.br, fiquei impressionada com os números da pesquisa Vox Populi publicados no jornal Notícias do Dia, na edição do final de semana 4 e 5 de setembro. Nas respostas espontâneas, 54% não sabem em quem vão votar e 4% já optaram pelo voto nulo ou branco. Essa montanha de indecisos pode eleger um dos três candidatos – Angela Amin, Raimundo Colombo ou Ideli Salvatti - vou colocar nesta ordem, porque pode vir algum “patrulhador de plantão” e dizer que estou favorecendo este ou aquele candidato.
Mas porque o trio não levanta a galera? Toda essa montoeira de gente, que não sabe pra que lado pega, é um indicativo da mesmice dos programas de rádio e tv. Se você conhece alguém que vê diariamente os programas e não trabalha para esses partidos, por favor, LIGUE JÁ!!!!. É uma pérola para uma entrevista diferente.
Para preparar as perguntas e depois fazer o texto vi os programas, alguns, inclusive, várias vezes, conferindo gastos chavões. Sofri. Que mesmice! Quantas cópias fiéis de programas de eleições anteriores, como se o atento espectador não tivesse memória. Quantas surradas fórmulas, como a de copiar um programa de tv, trocar nomes, a do mágico bom moço e a do experiente prefeito. Essa por exemplo, me levou de volta ao passado, quando no quadrado da TV planava, num tapete preto voador, o Dário. Era como um ilusionista que ia dar mobilidade de Norte a Sul, de Leste a Oeste, sem cair no buraco.
Vamos ver se depois do dia da Independência vem coisa nova na telinha. Tem coisa que a gente já viu, não tem?
E aí? Você também é um (a) indeciso (a)?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Comentário fantasma


Em meio a pautas, entrevistas e checagem de informações ainda me aparece nesta sexta, 3 de setembro, o primeiro comentário fantasma neste blog, onde até então conhecia todas as pessoas que postaram. A partir de agora não sei se responderei todos e se publicarei ou não as pessoas sem identificação. Não tenho tempo para ir atrás do ID de ninguém. Mas já que esse foi o primeiro e sou daquela geração que o primeiro a gente nunca esquece aí vai: abaixo, o comentário do Paulo Henrique sobre o texto do Nassif, A Nova Estrutura do Jornalismo, que postei dias atrás. Mais abaixo a minha resposta para ele e para os meus queridos amigos/leitores, que bem me conhecem.

“Quer dizer que a imprensa tem que dizer amém ao todo poderoso porque ele tem 80 e não sei quantos por cento de aprovação??? como diz o Kajuru, é mais popular do que Jesus Cristo. Esse Nassif faz jus à grana que leva do governo. E qual é essa tal de "guerra santa" da imprensa contra Lula? vejo o contrário: a maioria dos jornalistas e jornais comendo na mão do governo. E o PT enlouquecido para implantar a censura no país, sob o eufemismo de "controle social". Só no Brasil jornalista apoia censura, desde que ela venha de alguém "disquerda". um atraso só. é preciso ler o novo livro do Fukuyama: ficando para trás”.
Paulo Henrique

Caro Paulo Henrique, quando falamos que Lula tem 80 e lá vai pedrada de aprovação, não estou afirmando que a imprensa tem de dizer amém. Estou trabalhando com fatos e é assim que aprendi: os fatos são as ferramentas do jornalista. Neste caso, as pesquisas, certo? Não acredito que a imprensa tenha ou esteja dizendo amém ao todo poderoso. Não consigo enxergar assim. Não é o que leio em blogs, jornais e sites. Confesso que escuto pouco rádio, pois perdi o hábito desde que vim morar na Ilha, há 20 anos. Não é isso que vejo. Talvez estejamos lendo veículos muito diferentes. Talvez tenham alguns veículos aí no Canadá, de onde você escreve como diz em seu blog, que aqui não chegam ou eu não tenha conhecimento, o que acredito ser o mais provável. Sempre aceito sugestões e já anotei a sua dica de leitura. Nem sei quanto o Nassif ganha, e se ganha bem, bom pra ele, não sou do time quanto pior, melhor. Talvez até compre dois exemplares e mande um para ele.
Não tenho essa pesquisa ou dado que indique, como você afirmou, que a maioria dos jornalistas e jornais está comendo na mão do governo. Se tiveres, por favor, envie, uma ótima pauta para sugerir ao Observatório de Imprensa.
Assim como pauto a minha vida pela transparência, com nome, e-mail e perfil neste despretensioso blog, gostaria de uma identificação mais detalhada sua. O que falta meu caro é mais transparência, pois Paulos Henriques existem e conheço muitos.
Aguardo seu retorno e, claro, dicas pelo e-mail. Abraço

Duda Hamilton

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A nova estrutura do jornalismo


ESSA O NASSIF ACERTOU NA MOSCA. É PARA REFLETIR. BOA LEITURA!!!!


O sistema de informações brasileiro sempre obedeceu a uma lógica quase imutável. No centro da formação da opinião pública estavam alguns grandes jornais, revistas e emissoras de televisão do eixo Rio-São Paulo.
Na periferia, jornais e rádios regionais.
A notícia e/ou opinião nascia no centro e espraiava-se para os demais veículos, seja através da leitura desses veículos ou de agências de notícias. A partir daí, ganhava abrangência nacional.

Todo país necessita de um sistema de informações sólido, objetivo, bem focado. É a partir das informações que empresários tomam suas decisões de investimentos, políticos afinam seus discursos, organizações sociais se mobilizam, prefeituras montam seus planos.
No entanto, na última década ocorreu uma notável degradação no centro desse sistema. Enquanto veículos regionais cresciam e ganhavam músculos, cada qual cobrindo sua realidade local, os veículos centrais entravam em grave crise de jornalismo.

Fui jurado do Prêmio Esso no seu cinquentenário. Me espantei com a diferença de qualidade das grandes reportagens. O jornalismo de reportagem, mesmo, já tinha saído do eixo Rio-São Paulo. Ótimas reportagens de jornais do interior de São Paulo, de Brasília, de Minas, de algumas capitais do nordeste. Com exceção de O Globo, nenhuma grande matéria de jornais do eixo Rio-São Paulo. Apenas factóides, dossiês.

Nos últimos anos, até O Globo perdeu completamente o antigo punch de reportagem que tinha. Tornou-se um jornal popular.
De todo esse núcleo central, apenas O Estadão manteve a qualidade jornalística. E a produção televisiva.

Como consequência da guerra santa desfechada pelos jornais contra Lula, houve um curto-circuito em todo sistema de informações que deveria nortear a opinião pública.
Foram cometidos enormes erros de avaliação, como não perceber que o país não iria cair na crise global, não entender o alcance de programas habitacionais, não captar sequer os ventos da opinião pública. Hoje em dia, apenas 5% da população condenam Lula. No entanto, jornais e emissoras cuja especialidade maior deveria ser captar esses sentimentos, foram atropelados por uma opinião que se fez ao largo da velha estrutura midiática.

A tragédia maior do fim do jornalismo ocorreu com a própria oposição.
Especialistas já alertavam que José Serra não teria chance em uma eleição presidencial, que a única possibilidade concreta seria uma chapa Aécio Neves-Ciro Gomes. Mas o centro do sistema ignorou os alertas e vendeu a falsa ideia de que Serra seria vencedor – baseando-se em pesquisas de ano atrás. A oposição será varrida do mapa devido às falsas análises que recebeu desse sistema de mídia velho, ancorado nos jornalões do eixo Rio-São Paulo.
Daqui para frente, esse modelo muda. E os jornais regionais terão um papel relevante, com o predomínio que tem sobre o público de cada cidade.
No centro da formação do sistema de opinião, haverá outros agentes, que começam a crescer cada vez mais: blogs, grandes portais de empresas de telecomunicações, novos projetos de jornal online que deverão nascer nos próximos anos.

Luis Nassif, em 25 de agosto de 2010.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Rosas brizolistas?


A expressiva foto de Petra Mafalda mostrando a candidata Dilma com um buquê de rosas vermelhas me levou às campanhas brizolistas, de onde surgiu a dama de vermelho e seu ex-marido Carlos Araújo. Não esqueçamos que Dilma, antes de abraçar o PT, foi dos quadros do PDT.
Na sua apertada agenda em Florianópolis, na quinta, dia 12, parece que não decepcionou. Os empresários reunidos na FIESC gostaram de sua firmeza. E, em momentos de descontração, antes do Painel RBS, lembrou que, como todos os gaúchos, passou as férias na Praia dos Ingleses. Mostrou sua vaidade feminina ao reclamar do pano do casaco vermelho que vestia: “é ruim”. Confira no
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=2&contentID=131250&channel=272

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tem Tremendão no samba


Erasmo Carlos juntou-se ao maestro Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle para disputar o concurso de samba-enredo da Beija Flor, que vai homenagear, em 2011, Roberto Carlos, com o enredo A Simplicidade de um Rei. Dia 12, a música será apresentada na quadra da escola de Nilópolis na primeira etapa do concurso, com outras 53 canções. A vitoriosa será conhecida em outubro, ainda sem data marcada. Para refrescar a memória: Eduardo Lages é há 30 anos o arranjador dos shows e discos do rei, e Valle é autor de sucessos da bossa nova, como Preciso aprender a ser só, Viola enluarada e Samba de verão.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

José Ignácio e Taim


Distante 40 quilômetros de Punta del Este, José Ignácio é uma pérola no rochoso mar da costa uruguaia. Pequena e charmosa, a península leva o nome de um habitante que viveu no lugar na época da conquista espanhola. Símbolo do lugar, o farol José Ignácio foi construído em 1877.
Procurada também por sua gastronomia à base de peixes, mariscos e algas marinhas, José Ignácio conta ainda com duas lagoas: Garzón e José Ignácio, que são procuradas para a pesca de costa e de embarque. Além de charmosas pousadas, existe na região as Chácaras Marinhas, com luxuosa infraestrutura e diversificado lazer.
O vento é um constante companheiro no inverno e no verão!!
De lá direto para Porto Alegre, com passagem pelo deslumbrante Taim.