Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

POR LA RUTA 40...


Lago Epuyén




Bodega Weinert, paralelo 42.
Ruta 40 - Bariloche - El Bolsón




Cordeiro da Parrilla Patagonia, El Bolsón

Lago Nahuel Huapi, Bariloche

Dia 28

Chegada no aeroporto de Bariloche, com sol e céu azul. Pegamos um táxi e dividimos com um polonês que vinha no mesmo vôo e que não falava uma só palavra em espanhol ou outra língua, que não o inglês. Pablito salvou, pois nem o taxista, um típico argentino remacanudo, pronunciava uma só palavra. Ele emprestou o celular para ligar e conseguir alugar um carro. Depois de duas tentativas – Gol e Siena - pegamos um Ford Ka com outro Pablo, muy macanudo, no centro da cidade.

Como o casal de gorditos não viaja sem lanche passamos no Todo a su lado para comprar presunto cru, queijo, meia lua e, claro, algumas botellas de vinhos da região, ou seja, da província de Rio Negro: Humberto Canale, por supuesto. O dia estava esplêndido, céu azul sem nuvens, o que fez com que a gente optasse por ficar uma noite em Bariloche para conhecer melhor.

Ao passar pela avenida Bustillo paramos numa Hosteria, mas o Pablo preferiu olhar outras coisas. Fomos até a Península de San Pedro no Aldebaran, um lugar charmoso com vista para o lago Nahuel Huapi, piscina climatizada, mas achamos os U$ 290 muito para passar uma noite e não aproveitar o que o lugar oferecia. Se a grana der, a gente vai ficar a última noite por lá…Depois de fazer o circuito chico, na volta para a cidade e quase decididos a ficar num hotel no centro, passamos por umas cabanas com o nome La Cebra de frente para o lago Nahuel Huapi. Pablito, que tem bom gosto, desceu, olhou e decidiu ficar. O preço? Uma quinta parte da anterior.

Como escurece quase às 22 horas, nos perdemos no horário e saímos para jantar lá pelas 23h. Jantamos massa com vinho em El Boliche de Alberto e depois saímos sem rumo pelas ruas de Bariloche. A cidade nos surpreendeu, pois estava sem muitos turistas.

Dia 29, El Puelo e El Bolsón

Acordamos com os olhos no lago e um ar fresco e agradável. Antes de partir para o nosso objetivo - uma passada no Musimundo para pegar o Tricota, último álbum do grupo Otros Aires – a Ruta 40, com destino a El Bolsón. Foram pouco mais de uma hora para fazer os 100 e poucos km com o nosso novo companheiro de viagem um Ka 2010. No caminho sentimos o aquecimento do planeta tanto no desgelo das montanhas, como na alta temperatura.

Ao chegar à pequena cidade, não tão pequena assim, fomos direto ao posto de turismo, que ao contrário de Florianópolis, funciona muito bem com preços de hotéis, pousadas e cabanas. Saímos de lá com folhetos e a ideia de chegar a Lago Puelo, na província de Chubut e distante uns 12 km de El Bolsón, que está na província de Rio Negro. Foi o dia mais quente dos últimos 20 anos, com o termômetro marcando 32 graus - a temperatura máxima para esta época do ano é de 25.

Quando soube que em Lago Puelo não havia hospedagem, a minha temperatura também começou a subir e bateu o desespero, pois estava muito quente e a gente não tinha comido nada. Com fome perco todos os pontos cardeais, mas parece (ou será desejo?) que agora encontro um deles com mais facilidade e em menos tempo. Depois de ver e não gostar de três lugares e um achar acima do preço estabelecido, voltamos para El Bolsón.

Ao passar em Villa Turismo, Pablito, que também estava inquieto, resolveu seguir a placa Las Grullas, cuja dica já tinha sido dada no turismo e sem a informação da existência do wi-fi. Fomos recebidos por Maria Angelica numa cabana aconchegante, barata e com wi-fi. Como nem tudo é perfeito, só tinha vaga para uma noite. Sonhando com um cordeiro patagônico e seguindo a dica de Maria Angelica fomos parar na autêntica Parrilla Patagônia, do simpatico e comunicativo Fernando. Presidente do equivalente ao Florianopolis Convention Bureau, ele e sua mulher já correram o mundo. Agora, com Valentino de 4 anos, estacionaram na Patagônia e abriram as portas desta agradável e diferenciada parrilla. Oferecem vinho produzido em El Hoyo e com rótulo próprio, cervejas artesanais da cidade como Araucana, El Bolsón, entre outras, e todo o tipo de carne – do cordeiro, passando pelo assado, o cervo, o javali…Uhmm um prazer só!! E com a temperatura na marca dos 15 graus nos dirigimos para nossa primeira noite aos pés do recortado Piltriquitron.

Dia 30 – El Hoyo, El Bolsón

Como aprendemos no dia anterior, primeiro é melhor procurar o berço. Fernando pediu para passarmos lá que ele conseguiria alguma coisa pra nós ficarmos até 1 de janeiro. Tínhamos como exigências cabanas individuais, conectada e fora do centro da cidade. Fomos a três em Villa Turismo e ficamos entre duas, a do arquiteto Miguel e a de Claudio. Dica do Fernando foi boa, mas totalmente sem sombra e a temperatura estava bem alta novamente. Elegemos Pedras Brancas, casinha de duendes, na sombra e de cara para o Piltriquitron e para o Cierro Hielo Azul, com 2.270 metros, pouco mais alto do que o Perito Moreno.

Perto do meio-dia com sol escaldante fomos às compras para equipar a casinha e, claro, almoçar. De repente, lá pelas 4 horas o tempo fechou, vento leste, muito raro nesta época, e uma tremenda tormenta elétrica, com o cerro ficando roxo.

Esta demonstração da natureza não nos assustou e fomos cumprir o roteiro do dia: bodega Weinert e propriedades ecológicas, ambas em El Hoyo, na província de Chubut e uns 15 km de El Bolsón. Bodega fechada, só abre depois do Ano Novo e a dica de que o vinho tinha no supermecado da localidade. As propriedades com frutas, verduras, doces e conservas comercializam seus produtos na região e toda a família trabalha ali.

A chuva raríssima nesta época do ano não chegou a atrapalhar a visita ao Lago Epuyen, que está dentro de um parque semelhante ao da Lagoa do Peri, em Florianópolis, mas com boa infra-estrutura – cabanas, campings, churrasqueiras, locais para pesca de trutas, além da prática de esportes náuticos que não tenham motores. Por aqui também se sente intensamente as mudanças da natureza, mas a água é abundante e o ar puro.

Depois de ter conhecido Adriana no mercado, compramos ravioles de acelga e vinho Piedra Parada produzido no paralelo 42 pela bodega Weinert. Nem o apagão atrapalhou o jantar à luz de emergência, com o recomendável Piedra Parada, um vinho de zona fria que mescla Merlot e Pinot e cujo o nome é em homenagem a enorme pedra de 240 metros de altura perto do lugar, onde se reuniam os nativos tehuelches, mapuches, manzaneros e araucanos para tomar decisões, negociar e festejar. Além de bom vinhos e saborosas cervejas, é possível beber água da torneira.

Foi uma noite e tanto. Para o próximo dia, muitas opções!




quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

DICA DE PABLITO


SEM GRAVAR desde 2007, o carioca Eumir Deodato, um dos mais importantes no movimento da Bossa Nova, e um dos arranjadores mais requisitados da atualidade, lançou este ano o excelente álbum The Crossing. Radicado nos Estados Unidos desde os anos 1960, Eumir apresenta um CD de parcerias com músicos como John Tropea, Airto Moreira, Londonbeat, Paco Sery, Billy Cobham, Noveceto e Al Jarreau, de quem sou um grande admirador. Mas melhor do que falar é ouvir no link http://www.youtube.com/watch?v=eOieXwEKt8Y que traz parte de cada música. Um deleite para os ouvidos e un buen regalo para navidad!!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Será que a bruxa está solta atrás de Noel?

ESTAMOS EM VÉSPERA DE NATAL, a melhor época para vendas, mas aqui em Floripa os vereadores até comercializaram o cargo de presidente da Câmara. O prefeito Dario Berger (PMDB), quem diria, acusa seu fiel colaborador Asael Pereira (PSB) de lhe pedir R$ 300 mil em troca do voto para o candidato da chapa governista, João da Bega (PMDB), derrotado por dois votos na terça à noite durante eleição para presidente da Casa.

À Rádio CBN Asael disse que o prefeito está sendo infantil na grave acusação. E afirmou que seu voto na oposição foi para dar uma maior independência ao Legislativo municipal. Raro não, para quem até segunda era o vice líder de confiança.

Quem poderá desvendar o mistério que fez Asael, o atual vice-líder do Governo Municipal na Câmara de Vereadores, de um dia pra outro, trocar de lado e votar no candidato Jaime Tonello, do DEM, ou seja, da oposição? Boatos afirmam que foi o aceno com grana e cargos em 2011, no novo Governo do Estado, o responsável por fazer o vereador a buscar o dízimo em outras paradas.

Na entrevista, o prefeito afirmou, mas não provou, ter conhecimento que tem vereador de sua base que, horas antes da eleição, recebeu telefonema oferecendo R$ 500 mil para votar contra o Governo Municipal. E se Dario tinha conhecimento por qual motivo não denunciou à Casa a compra de votos na eleição? Será que estava de salto alto dando a vitória como certa?

Quando a bruxa e o Papai Noel se encontram na Ilha em dezembro sempre dá trovoada. No ano passado o bom velhinho tirou do saco e jogou fora a árvore milionária. Será que neste ano foi ele quem jogou uma sacola de dinheiro nos corredores da Câmara?

Cuidado!!! A bruxa está solta e em volta da Praça XV atrás de Noel e olha que ainda nem estamos em Lua Cheia.



sábado, 4 de dezembro de 2010

CURTA AS CURTAS

Inexplicável

O TRADING TURÍSTICO acena com mar transparente, ótimos dias de sol, resorts premiados, hotéis de luxo, casas com diárias entre R$ 150,00 e R$ 15 mil. Além disso, promete um reveillon com alegres celebridades e com o tumtum dos melhores djs do mundo. Este pessoal almeja 1 milhão de turistas na temporada da virada, é mole?
Não, Mole é a praia. Duro é ter de conviver com uma outra parte deste pedaço de terra perdido no mar, que não está nesta publicidade aí. O aeroporto Hercílio Luz, por exemplo, está sucateado e fora dos padrões. A rainha do axé Ivete Sangalo teve de mandar seu jatinho dormir em São Paulo, pois no Hercílio não tinha vaga, não tem? E se você é mais simples e chegar por terra, não fique preocupado com a lentidão do trânsito na entrada da ponte, ele está assim mesmo na maioria da Ilha. Confira na foto de Paulo Dutra.
Os meios de comunicação estampam o terminal rodoviário quebrado, com baldes pelo chão, rachaduras pelas paredes e muitas obras atrasadas, como o Trevo da Seta, em direção ao Sul da Ilha. Isso sem falar na falta de mobilidade e de transporte público decente. Ah! E tem mais, placa na Avenida das Rendeiras colocada pela Fatma, a Fundação do Meio Ambiente de SC, sobre a qualidade da água no cartão postal não está nem própria, nem imprópria, está INSANA! Vai encarar? Depois me conta.

Rede Social
Na sexta à noite fomos ver A Rede Social, éramos os mais velhos numa platéia de jovens. Na tela, o retrato de toda uma geração que nasceu junto com a internet, apertando as teclas e sempre conectada. O filme não é simplesmente a história da criação do facebook. É muito mais intenso. Fica a dica.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coisas de Maria João



SÃO COISAS...coisinhas...cositas... Tudo que ali nos cerca, surpreende. É o detalhe da boneca, o pão de queijo, o puxador da porta do banheiro.

Naquele final de tarde em Sambaqui, ao som do maranhense Tião Carvalho, de Guinha Ramires e de Noel Carvalho, captamos - Pablito e eu - estas imagens.

Fica aqui a dica de passeio em Sambaqui, na Ilha de Santa Catarina.

domingo, 21 de novembro de 2010

DICA DO GALLETA


A música brasileira está cada vez mais bem servida de compositores da nova geração. Um ótimo exemplo é o grupo A Filial, que teve seu conhecimento primeiro nos Estados Unidos com o album $ 1,99, de 2008. O grupo está em seu terceiro disco e une o rap e o hip-hop com ritmos bem brasileiros, como o baião e o samba. Para o Galleta, a variedade de ritmos é tanta que é impossível enjoar. Então, coloca pra tocar!!!

A Filial

Grupo A Filial com a música Baião one Two