Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

domingo, 1 de novembro de 2015

Bandolinista Fábio Peron, dia 13, no Floripa Instrumental 2015

 

      A destreza e a alegria musical de Fábio Peron



    por Duda Hamilton
De fala mansa, dedos ágeis e composições alegres, o bandolinista Fábio Peron (25 anos) é da nova geração de instrumentistas brasileiros. Filho de músicos – mãe pianista, pai violão 7 cordas - e desde o berço no choro e no samba paulistanos, Fábio começou a tocar flauta doce aos 5 anos, antes de ler e escrever. Os instrumentos espalhados pela casa eram seus brinquedos favoritos. Aos 9 anos fez sua primeira apresentação, na Rua do Choro de São Paulo, e as 11 começou a tocar bandolim por causa de Izaías Bueno de Almeida, um de seus ídolos e um dos melhores bandolinistas brasileiros. O bandolim é o instrumento guia de Fábio, mas ele continua fuçando em outros, tanto para entender concepções harmônicas, como para interagir melhor com os instrumentistas que tocam com ele.

Formado pela faculdade Santa Marcelina, Fábio vive da música desde sempre e acaba de lançar seu segundo álbum: Fábio Peron e a Confraria do Som ao lado de muito de seus amigos músicos, entre eles Chico Pinheiro, Thiago, Arismar, Ricardo Hertz, Alexandre Ribeiro, Isaías Bueno de Almeida , Zé Barbeiro.


No entra e sai dos estúdios, sobe e desce dos palcos, apresentações em bares, casas de shows e palcos de festivais ele ainda encontra tempo para ministrar aulas particulares de bandolim, harmonia e improvisação. Tocar é a alegria da vida desse jovem de olhar atento, ouvido apurado e coração bondoso.

Fábio Peron, 25 anos, tocou antes de ler e
escrever, foto Stela Handa

Em seu canal no youtube, que ele mesmo alimenta assim como no facebook, é possível ter uma ideia de quantos sonoros amigos ele vem conquistando. E é com dois deles – Thiago Espírito Santo e Silvia Goes – que ele toca pela primeira vez profissionalmente na capital catarinense ao abrir o Floripa Instrumental, no dia 13 de novembro, às 21 horas, na Freguesia do Ribeirão da Ilha, gratuito.



Em entrevista à jornalista Duda Hamilton, o bandolinista conta que o show Alma de Música  tem uma energia positiva, lindas melodias e muita alegria. “É assim que esperamos todos lá no Floripa Instrumental”.


Duda Hamilton - Qual a sua origem musical?
Fábio Peron. - Tenho origens no choro e no samba, mas a partir de contatos com amigos passei a ouvir coisas diferentes e agregar isso ao meu som. Na minha música tem elementos também do frevo, do baião, do jazz e das fusões da música instrumental contemporânea. Eu penso que você tem de vir de algum lugar pra chegar em algum lugar, e isso significa respeitar  os estilos musicais que te influenciam e fazem parte de sua formação. Nunca devemos esquecer de que o que consideramos tradicional musicalmente, quando surgiu, era moderno. Tem uma frase que eu adoro e é do bandolinista e amigo Hamilton de Holanda: “Moderno é Tradição”.



D.H. - Além de multi instrumentista você também compõe, como isso ocorre?
F.P. – De múltiplas formas, algumas mais frequentes, como de uma hora pra outra ou em homenagem a alguém baseado na forma como essa pessoa toca ou ainda pensando em quem vai estar no violão, no baixo. Gosto do resultado e dessa forma já fiz músicas para o meu parceiro de anos Tiago Saul (violão), para Roberta Valença (pandeiro) e Léa Freire, para quem compus Milonga pra Lea. Fiz também Nascerá, para o filho do Alexandre Penezzi e, no meu último trabalho, por exemplo, gravei  Vidalinda, em homenagem ao Arismar Espírito Santo. Pra mim, ele é o cúmulo da inventividade e criatividade. Gosto da liberdade que ele tem em todos os quesitos da música e, acima de tudo, do modo com o qual encara a vida, sempre achando o lado bom das coisas. Isso se reflete no som.


D.H. - Você acabou de lançar o segundo álbum Fábio Peron e a Confraria do Som. O que tem nele, além da alegria de tocar com amigos?
F.P. – Tem choro, claro, samba também, frevos e baiões inéditos e um timaço de instrumentistas, como o Thiago, o Alexandre Ribeiro, Zeli Silva, Gariel Guilherme. Vou levar pra vender no Floripa Instrumental.


D.H. –  Fale sobre o show e o disco Alma de Música?
F.P. – É  uma sonoridade brasileira alegre, com muita sensibilidade, mistura o moderno e o regional. Tem composições minhas, minhas com o Thiago, da Silvia, do Thiago, do Arismar. A música Maracaconde, por exemplo, é um baião/maracatu, que fiz na cidade de Caconde. Tem também Waltz for Todd, Contemplando do Thiago; Sonhando Acordado, do Arismar e E foi é, da Silvia Goes.


Thiago Espírito Santo e Silvia Goes, no show queabre o Floripa Instrumentalem 13 de novembro.fotos Mariana Chiarella,












D.H. - Qual a dica pra quem está começando no bandolim, na música instrumental?
F.P. – A dica é sentir o que estiver tocando e toque com o coração. Ouça muita música, tire todas as músicas que gosta e nunca pare de se divertir tocando.


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Floripa Instrumental 2015 na Freguesia do Ribeirão da Ilha

Banda da Lapa abre a programação de sábado, a partir das 16 horas, foto Lorena Lopes

            A energia da música instrumental na Freguesia

São três dias de música instrumental gratuita num dos cenários mais preservados da Ilha de Santa Catarina: a Freguesia do Ribeirão da Ilha. Pelos palcos do Floripa Instrumental vão passar nomes conhecidos nacionalmente, novos talentos e pratas da casa, como Thiago Espírito Santo, Nailor Proveta, Silvia Goes, Pedro Martins, Fábio Peron, Alessandro Penezzi, Geraldo Vargas, Felipe Coelho, Rogério Piva, Carlos Ribeiro Júnior, entre muitos outros. Gratuito nos três dias, o Floripa Instrumental é patrocinado pela Tractebel Energia, via Lei Rouanet e conta com o apoio da Eletrosul e do Restaurante Ostradamus.


Trios de Sexta - Na abertura do Floripa Instrumental, na sexta, dia 13, o show Alma de Músico, nome do quinto disco solo de Thiago Espírito Santo, que sobe ao palco da Freguesia do Ribeirão com Silvia Goes e Fábio Peron com uma sonoridade brasileira alegre e virtuosa. “Misturamos o moderno e o regional respeitando a autenticidade do modo de tocar de cada um”, avisa Thiago Espírito Santo, que traz o DNA do multi instrumentista Arismar Espírito Santo, assíduo do Festival, e da pianista Silvia Goes.
Felipe Coelho, foto Rodrigo Sambaqui
Depois é a vez do violonista Felipe Coelho apresentar seu mais recente trabalho Hora Certa, o primeiro em trio, com Tiê Pereira (baixo) e Richard Montano (bateria). “É um show autoral e o primeiro com essa formação. Há tempos queria experimentar e arranjar para trio, já que é um formato consagrado. A ideia é gravar o álbum logo depois da apresentação”, afirma Felipe Coelho. Suas novas composições como O MongeBatida HerançaHora Certa e Moderninho tem a influência dos sons de várias partes do planeta. “Busco uma fusão da música brasileira com a do mundo e, neste trabalho, a inspiração veio dos músicos orientais Avishai Cohen e Tigran Hamasyan”, explica.

No sábado, o jovem Pedro Martins vai mostrar por que foi 

escolhido o melhor guitarrista da competição do 

Festival de Jazz de Montreux.foto Marcos Tani











Rogério Piva e Carlos Ribeiro Júnior, 
foto Bianca Ribeiro
Banda da Lapa, Guitarra e Duo no Sábado -  No dia 14, às 21h, o jovem Pedro Martins (22 anos) vai apresentar seu novo trabalho solo interpretando composições autorais, entre outras músicas. É a prévia do que o guitarrista levará em julho de 2016 para o palco do Festival de Jazz de Montreaux. O segundo show da noite, programado para 23h, é com Rogério Piva (guitarra e bandolim) e Carlos Ribeiro Júnior (baixo e baixo acústico), o ConversanDuo. “A ideia é sintetizar a música no universo minimalista de seus instrumentos com composições próprias como Frio, Chuva e Parker de Bombachas”, ressalta Piva. Mas o repertório vai contemplar também a música latina – tango, folclore, milonga e bolero – sempre com uma linguagem jazzística, características dos dois músicos que já possuem um álbum gravado e estão concebendo mais um. No sábado à tarde, a partir das 16 horas é a dona da casa, a Banda da Lapa, com mais de 100 anos, que vai movimentar a Freguesia com seu repertório de música brasileira.





Geraldo Vargas, um dos chorões do domingo,
foto Arquivo Pessoal 

Chorinho e chorões no Domingo -  Para encerrar o Floripa Instrumental, muito chorinho com o duo Nailor Proveta e Alessandro Penezzi, no trabalho Velha Amizade. Entre as composições estão Torcendo a Meia (Alessandro Penezzi/Nailor Proveta), Jeringonça (Penezzi), Choro de Proveta (Penezzi) e Choro pro Paulinho (Proveta). Neste dia, os chorões da Ilha, que são muitos e talentosos, prometem surpresas ao lado de Penezzi e Proveta. Dentre eles, o catarinense Geraldo Vargas (bandolim) se apresenta com o Grupo de Choro do Campeche, composto por alunos da Escola Livre de Música de Florianópolis, cujo repertório conta com maxixes, choros, samba-choro e valsas de grandes compositores.



Jam Sessions Colaborativa - Para realizar as já tradicionais jam sessions depois dos shows de sexta e sábado, o Floripa Instrumental, que tem como princípio não cobrar ingressos, optou pelo colaborativo. Entre na Freguesia da boa música e colabore por meio da campanha  http://www.kickante.com.br/campan…/floripa-instrumental-2015 e desfrute do clima deste festival.


Na sombra das árvores da Freguesia do Ribeirão, Naná Vasconcelos concede entrevista à jornalista Jacqueline Iensen. foto Pablo Corti

SERVIÇO
O QUE: Floripa Instrumental
QUANDO: 13, 14 e 15 de Novembro
ONDE: Freguesia do Ribeirão da Ilha, Florianópolis
HORÁRIO: Sexta a partir das 21 horas. Sábado e domingo a partir das 16horas
QUANTO: Gratuito para os shows principais colaboração para as Jam Sessions no http://www.kickante.com.br/campan…/floripa-instrumental-2015


P R O G R A M A Ç Ã O

Silvia Goes, no piano, acompanha
Thiago e Fabio.
Dia 13, sexta-feira
21 horas – Show Alma de Músico com Thiago Espírito Santo, Silvia Goes e Fabio Peron
23 horas – Show Hora Certa – Felipe Coelho, Tiê Pereira (baixo) e Richard Montano (bateria)
Depois Jam sessions



Jovem talento Fabio Peron, foto Stela Handa





















Dia 14 – Sábado
A partir das 16 horas – Banda da Lapa, do Ribeirão da Ilha, com 100 anos de história.
21 horas – Guitarrista Pedro Martins, vencedor da competição de guitarras do Festival de Jazz de Montreux
23 horas – Show com o Duo Rogério Piva e Carlos Ribeiro Júnior
Depois Jam Sessions


Penezzi e Proveta, foto Paulo Araújo
Dia 15 - Domingo
A partir das 16 horas muito choro na Freguesia do Ribeirão da Ilha
Show Velha Amizade com o Duo Nailor Proveta e Alessandro Penezzi
Geraldo Vargas e o Grupo de Choro Campeche, composto por alunos da Escola Livre de Música de Florianópolis.