Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

1961: a legalidade, as feiras de livros e o ano em que nasci



O LIVRO feito com Paulo Markun em 2001 e reeditado este ano no cinqüentenário da Legalidade, com o nome de 1961 o Brasil entre a Ditadura e a Guerra Civil, tem proporcionado belos e reflexivos momentos. Participar de feiras de livros, como a Binacional de Sant’Anna do Livramento/Rivera, a de Porto Alegre e a de Pelotas, é um aprendizado. Gostei de ver a tão abandonada metade Sul do Rio Grande com fôlego, se adaptando a novos setores da economia, como energia eólica, indústria náutica, vinhos, oliveiras e com uma forte aposta cultural. 


FEIRA BINACIONAL 
Na fronteira unida, se realizou a 2 Feira do Livro Binacional, tendo como patronos Carlos Urbim, do lado verde-amarelo, e Tomas de Mattos, do lado celeste. Foi um prazer participar da charla A Multi-fronteiras Hoje y Ayer, ao lado dos amigos Marlon Aseff, Liane Chipolino (organizadora), Cacho Silveira, Michel Croz, Alejandra Rivero e Fabian Severo. Como não podia ser diferente, a literatura foi o centro da discussão. Liane leu um poema do poeta riverense Olyntho Maria Simões, acompanhada do emocionado olhar da filha. Fabian Severo, ali de Artigas, bem de bem com seus poemas em portunhol, que arrancou aplausos e boas gargalhadas. Quero o meu livro!!! Michel Croz e sua ótima dicção recitou poema sobre a fronteira. É um ser político, como o memorialista Cacho, são vozes contra a privatização do Teatro de Rivera. Marlon descreveu perfeitamente o território Parque Internacional, onde estávamos debaixo de uma “carpa” branca e num calor fora de época. 
Urbim em pé, proclamou uma idéia minha de fazer, no próximo ano, o Prêmio Literário Arlindo Coitinho, atualmente motivo de estudos de Alejandra,  e um ponto em comum da mesa e do público, com adesão de várias pessoas, como o fotógrafo e colunista Duda Pinto, importante formador de opinião em Sant’Ana.
 Liane, Marlon, Biba com los hermanos
 uruguayos, by Duda Hamilton
Esta feira binacional teve suas formigas “trabalhadeiras” Marta Pujol e Magaly Ivañez. Obrigada a elas e à Urcamp, em nome das dedicadas professoras Sônia e Idenia. Gracias aos colegas Letícia, Duda e Edis, de A Platéia, e a gurizada da RCC, na pessoa de Fernando Moura. Liane, a você meus parabéns pela organização da charla e determinação.
Foi um deleite observar o Parque Internacional, onde as “tunicas brancas con moña azul” contrastavam com coloridos uniformes, todos rodeados de livros num território de integração e não de divisa. Lá não existe limite! E vamos a mais uma edição em novembro de 2012.
O Parque Internacional da Integração, by Pablo Corti


FEIRA DE PORTO ALEGRE 
Sentar de microfone na mão com os jornalistas Sérgio Reis, Juremir Machado e Paulo Markun me deixou com aquele frio no estomago e muito suor. Quando passei os olhos no público diverso, cheio de perguntas, pensamentos políticos e “miradas profundas” fiquei mais tranquila. Lá estavam jovens querendo falar de Che Guevara, o poeta Luiz de Miranda, colegas como Carlos Bastos, que cobriu os tensos dias entre a renúncia de Jânio Quadros e a posse de Jango, participantes destes momentos politicos e professores, entre outros.

Da sala dos Jacarandas direto para a Praça dos Autógrafos dividindo o tablado com o professor Rui Carlos Ostermann e a escritora e astróloga, Amanda Costa. A energia estava boa, ainda mais com os dois sobrinhos de 1 e 5 anos na volta. E como no Rio Grande nada termina em pizza e sim em boa carne, fomos ao “Barranco”. 
Com Carlos Bastos, carinho e
admiração, by Pablo Corti



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Helena (1), Davi (5), os sobrinhos e o futuro, by Lu Citadin


FEIRA DE PELOTAS
Num vôo que me levou a muitas lembranças cheguei a Pelotas, berço da Cultura da metade Sul, com Paulo Markun. Lá encontrei muito profissionalismo, fiz novos amigos e reencontrei tantos outros. Primeiro compromisso marcado pela jornalista Gabi Mazza, da Satolep Press, foi um bate papo num tradicioal reduto do radiojornalismo, o programa "Pelotas 13 horas" pilotado por Clayton Rocha. Para reconhecer o terreno, um passeio na pousada Santa Rita, antiga Charqueada, e de lá para outra Praça. Um pulo no Café Aquarios para uma entrevista para o Diário Popular e um bate-papo no Instituto Simões Lopes Neto, dentro da programação "Diálogos".

Queria ter ficado mais. Gracias a Glades Bazilli, que fez o link com a cidade, a Bety da Livraria Vanguarda, a parceira Gabi, o pessoal da Pousada, da Livraria Saraiva de Porto Alegre, e a meus primos e amigos que me fizeram sentir em casa, em Satolep.





3 comentários:

tatiana cobbett disse...

penso que o fazer é a verdadeira dádiva....partilhar é refazer o caminho, refletir e encontrar os motivos para seguir.....isso aí amigos!!.... parabéns pelo feito e que venham os próximos

beijares artes
tatiana cobbett

Glabazili disse...

que andaram por estes pampas a fora, Duda e Markun, como missionários, levando esta parte tão importante da nossa história para ser revelada, discutida, analisada...e que maravilha terem chegado em Pelotas, pois tenho certeza que fizeram a diferença...obrigada por esta contribuição.

besos
Glá.

vidacuriosa disse...

Muito bom blog, não só pela forma, mas também pelo conteúdo, emodulrado por belas fotos. Parabéns. Voltarei com mais tempo.