Frases

"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens".
Fernando Pessoa

terça-feira, 11 de maio de 2010

A sétima arte no divã


Para quem gosta de cinema e psicanálise, um ótimo programa em Floripa de sexta a domingo - 14 a 16 de maio – é o 1º Festival Psicanálise vai ao Cinema, com quatro filmes exibidos no Corporate Park, na SC-401, número 8.600, caminho das praias do Norte da Ilha de Santa Catarina. A organizadora Soraya Valerim, da Seção SC da Escola Brasileira de Psicanálise, explica que a meta é conversar a partir do que os filmes dizem sobre a subjetividade atual. Para isso convidou jornalistas, psicanalistas e professores que vão analisar os filmes. Sem dúvida, uma ótima oportunidade para pensar, discutir e se expor.


sexta-feira, 14 de maio
19h30 – A Onda (107 minutos), de Denis Gansel. A produção alemã de 2008 conta a história de um professor que propõe uma experiência que explica na prática os mecanismos do fascismo. Os alunos começam, então, a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. O professor ainda tenta interromper a experiência, mas descobre ser tarde demais. Após a sessão, os comentários contam com a participação do crítico de cinema e jornalista, José Geraldo Couto, e da psicanalista Soraya Valerim.

sábado, 15 de maio
14 horas - A Banda (87 minutos), de Eran Kolirin, com produção de Israel, França e Estados Unidos em 2007. Conta a saga de um pequeno conjunto musical egípcio que chega a Israel para uma apresentação, mas por causa da burocracia, falta de sorte e outros imprevistos, são esquecidos no aeroporto. A banda tenta se deslocar por conta própria, mas vai parar numa pequena e quase esquecida cidade israelense, em algum lugar no coração do deserto. Os comentários são da psicanalista Cínthia Busato e do professor Fábio Lopes, da UFSC. Na mesa redonda, com o tema sublimação os psicanalistas Louise Lullier e Romildo Rêgo Barros.

19h30 - Maus Hábitos (103 minutos), do mexicano Simón Bross. É a história de uma jovem freira que inicia um jejum místico; uma mulher linda e magra que tem vergonha do peso de sua filha; e um pai que redescobre o amor nos braços de uma estudante gordinha. Os personagens têm suas vidas unidas não somente pelos laços familiares, mas, principalmente, pela sua relação com a comida. Os comentários são de Romildo Rego Barros e o professor Fernando Vugman, da Unisul.


domingo, 16 de junho
17 horas - Se Nada Mais Der Certo (120 minutos, 2009), de José Eduardo Belmonte.
O filme brasileiro conta a jornada de um jornalista desempregado; uma mulher depressiva cujo filho é criado pela empregada; um taxista que acredita precisar de um psiquiatra; e uma mulher que se veste como homem. Aos poucos surge entre eles um forte laço, aumentado ainda mais quando decidem aplicar um golpe. Participação do ator Cauã Reymond.

Quanto: R$50 para profissionais e R$35 para estudantes (todos os dias do Festival), com vagas limitadas.

Mais informações em http://www.ebpsc.com.br/ ou pelo fone (48) 3222.2962.

domingo, 11 de abril de 2010

Disputa por peixe no Sul da Ilha




Mais um capítulo na novela “Pescadores Artesanais X Atuneiros”, na costa Sul da Ilha de Santa Catarina. No domingo, 11 de abril, por volta das 16h30 quatro grandes atuneiros estavam ancorados no Pântano do Sul. Deles saíram pequenas embarcações de cor laranja, em busca de isca para o atum, chegando a menos de 50 metros da areia do Pântano do Sul. Ali, soltaram uma rede de quase 100 metros, com a malha bem fina, onde só passa a água. Turistas que ocupavam os restaurantes e bares da orla, junto com os moradores assistiram tudo e comentavam no melhor estilo de boca-em-boca. “Ninguém faz nada”, disparou um velho pescador.De uma hora pra outra, um grupo de quase 10 jovens, a maioria filhos e netos de pescadores do local, entrou na água, enquanto outros, da areia, atiravam foguetes para dissipar os peixes que estavam na rede. Atônitos, o outro grupo que estava dentro da água tentava salvar o prejuízo da rede, avaliada, segundo pescadores do local, entre R$ 8 e R$ 10 mil.Indignado, entre uma tragada e outra no cigarro, seo Arante falava em “pouca vergonha, tudo na nossa cara”. Ele se referia a proximidade dos barcos na costa e a quebra da ordem pública, com o desrespeito do limite de 200 metros para área de banho. A legislação sobre a atuação dos atuneiros se restringe ao período do ano - é proibida em junho e julho - e às áreas regulamentadas, entre elas as baías Norte e Sul de Florianópolis, a Ilha do Arvoredo e as desembocaduras de rios.
Quem fiscaliza?

Postado por duda hamilton às
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domingo, 25 de outubro de 2009



Disputa por peixe no Sul da Ilha

Mais um capítulo na novela “Pescadores Artesanais X Atuneiros”, na costa Sul da Ilha de Santa Catarina. No domingo, 11 de abril, por volta das 16h30 quatro grandes atuneiros estavam ancorados no Pântano do Sul. Deles saíram pequenas embarcações de cor laranja, em busca de isca para o atum, chegando a menos de 50 metros da areia do Pântano do Sul. Ali, soltaram uma rede de quase 100 metros, com a malha bem fina, onde só passa a água. Turistas que ocupavam os restaurantes e bares da orla, junto com os moradores assistiram tudo e comentavam no melhor estilo de boca-em-boca. “Ninguém faz nada”, disparou um velho pescador.
De uma hora pra outra, um grupo de quase 10 jovens, a maioria filhos e netos de pescadores do local, entrou na água, enquanto outros, da areia, atiravam bombas para dissipar os peixes que estavam na rede. Atônitos, o outro grupo que estava dentro da água tentava salvar o prejuízo da rede, avaliada, segundo pescadores do local, entre R$ 8 e R$ 10 mil.
Indignado, entre uma tragada e outra no cigarro, seo Arante falava em “pouca vergonha, tudo na nossa cara”. Ele se referia a proximidade dos barcos na costa e a quebra da ordem pública, com o desrespeito do limite de 200 metros para área de banho. A legislação sobre a atuação dos atuneiros se restringe ao período do ano - é proibida em junho e julho - e às áreas regulamentadas, entre elas as baías Norte e Sul de Florianópolis, a Ilha do Arvoredo e as desembocaduras de rios.

domingo, 25 de outubro de 2009

Cuba, sempre Cuba.

Amigo Tero me emprestou no sábado um livro, dizendo que eu ia devorar. Falou que era recomendado pela VEJA e que a escritora/blogueira tinha ocupado, há três semanas, as cobiçadas páginas amarelas da revista. Ouvi algo sobre o assunto, mas confesso que não sabia bem do que se tratava. Quando vi a capa, bandeira de Cuba no mouse e o título De Cuba com carinho, peguei. Em três horas li todo o livro, porque é fácil e em muitas ocasiões vc já sabe o que a blogueira vai dizer. Uma pena que não fiz com o livro, o que faço com a maioria dos jornais, ler de trás pra frente. O artigo O tempo e o espaço da Cuba de Yoani, de Demétrio Magnoli, é excelente e faz um resumo da história Política de Cuba dos últimos 50 anos, com certeiras teclas.
Cinquentenária, a Revolução Cubana já está caduca, mas não morre. Quando lá estive, em 1992, em plena crise do fim da URSS, vi o descontentamento dos jovens de 13, 14, 15, 18 anos com quem conversei. Eles queriam muito mais do que a adoração à família Castro, sonhavam com a liberdade. E é dessa geração Yoani Sánchez, a blogueira. Uma geração que viu ruir o sistema.
Em 2003, ela saiu do país, mas voltou antes dos 11 meses permitidos. Trabalhou numa livraria na Suíça, onde teve contato com a rede. Ao voltar para Cuba, junto com o marido jornalista, ajudou a criar a revista digital Consenso, logo depois trocou o projeto pelo portal desdecuba.com. E daí para o blog Generación Y foi um sucesso só.
E em tempos virtuais nada mais atual do que a farda verde-oliva, usada pelo ditador barbudo, ultrapassado e acabado, dar lugar à franzina cubana, que faz terapia em seu blog e usa como armas a ponta dos dedos.
Gostaria de saber tb como a blogueira, que já foi eleita pela revista TIME como uma das pessoas mais influentes do mundo, se remunera e como faz para obter a tecnologia que dispõe, pois a população cubana não possui esse privilégio.
Cuba, sempre Cuba chamando atenção de todos!!!!!! Se um amigo tiver o livro não deixe de ler.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Floripa Instrumental - fotos by Pablo Corti

Floripa Instrumental

Floripa Instrumental encerra com sucesso de público e qualidade musical

Por Duda Hamilton


O Floripa Instrumental, que ancorou no Ribeirão da Ilha por cinco dias, levou para o palco a brasilidade da percussão de Naná Vasconcelos; a conversa musical de duas gerações com Alessandro BB Kramer (acordeon) e Guinha Ramires (guitarra); a sintonia das cordas do Trio Madeira Brasil e o talento de Yamandu Costa. Foi um perfeito entrosamento entre músicos e público não só no palco principal, como também nos palcos montados na praia da Freguesia e nas jam sessions, por onde passaram talentos como o multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo, Proveta, Jorginho do Trumpete, Arnou de Mello, Rafael Calegari e Cássio Moura. A média de público de 1.500 pessoas por dia surpreendeu não só os organizadores, como também a comunidade.
Participaram do evento, promovido pela Natura, mais de 50 músicos e um público diverso, que modificava de acordo com a atração do dia. “Esses espetáculos foram um presente para a comunidade do Ribeirão da Ilha”, disse Neli Silva, 76 anos, moradora do Ribeirão e de uma família de músicos. Durante a emocionante e surpreendente apresentação da banda da Lapa do Ribeirão, às 15 horas de domingo, Janete Lombardo, 71 anos, não parava de cantar e bater palmas. “Foi uma volta às origens, aos bons tempos de Ribeirão”, confessou Janete, que atualmente mora no Rio Tavares.
Já a estudante Ana Ramos (28) ficou impressionada com a qualidade. “É inovador um evento como este no Sul da Ilha, onde está impregnada a riqueza da cultura portuguesa-açoriana. Foi um casamento perfeito entre o lugar e a música de qualidade”, observou Ana. Com apenas 9 anos, Bruno Estefano também deu sua opinião: “Gostei foi do som de Naná Vasconcelos. Ele fez até chover com a participação do público”, afirmou o novo fã.
O percussionista proporcionou uma viagem pelos sons do Brasil, o que encantou o público de 8 a 80 anos. “Adorei estar aqui nesse lugar, onde o cenário do palco é a casa onde ficamos hospedados e, ao lado, os vizinhos que vivem no céu”, disse Naná ao se referir ao cemitério do Ribeirão da Ilha. No segundo dia, o encontro de dois amigos – Guinha e BB Kramer – que levaram para o palco uma conversa íntima entre o acordeon e a guitarra. Já o Trio Madeira apresentou um repertório de músicas do mundo, com um toque talentoso da sonoridade brasileira, que encantou o público de 2 mil pessoas.
No encerramento, a contagiante banda da Lapa com integrantes de 12 até 70 anos surpreendeu os visitantes e deixou orgulhosa uma comunidade que não vive sem música. “É muito bom se apresentar para esse público bem diferente”, disse o baterista João Pedro Guerreiro Souza, de 14 anos. Quando subiu ao palco, às 17h04 – a pontualidade dos shows foi uma novidade em Florianópolis – Yamandu foi muito aplaudido. O calor do público fez o instrumentista tocar músicas de execução difíceis como Ana Terra, Bachbarbaridade e Samba para o Rafa, em homenagem a Rafael Rabelo. E para terminar o festival, as palavras dele emocionaram. “Em nosso país, tocando a nossa música para um público tão especial e num lugar maravilhoso, só pode ser um presentão. É levar a música ao povo. Esse é um projeto de fundamento e não podemos deixá-lo ficar só nessa edição”, disparou Yamandu antes de mais um bis.